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    Vila Mariana - São Paulo - SP

  • Clínica - CROSP 15302
    Responsável Técnico:
    Prof. Dr. Francisco Octávio Teixeira Pacca CROSP 49759

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Orientando o Paciente

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AIDS e o Dentista

Existe risco de o paciente se infectar com o vírus da AIDS durante o tratamento odontológico?
Não, desde que os instrumentais que tenham sido utilizados em pacientes com AIDS tenham sido esterilizados corretamente.

 

Esse tipo de esterilização é um processo complicado?

Não, pois as estufas de calor seco, que todos nós possuímos, são capazes de promover facilmente a destruição do vírus HIV.

 

0 vírus HIV é mais difícil de ser destruído que microorganismos causadores de outras doenças?

Não. Felizmente ele é facilmente inativado. O treponema pallidum, causador da sífilis, e o HBV, causador da hepatite B, são bem mais resistentes.

 

Quais os cuidados que o cirurgião-dentista deve tomar para evitar o contágio?

Além da esterilização dos instrumentos, usar e eliminar, após cada paciente, o máximo possível de materiais descartáveis, como agulha, tubetes anestésicos, luvas, pontas de sugador de saliva etc.

 

E as brocas, como devem ser esterilizadas?

Elas devem ser lavadas e desinfectadas em soluções químicas de glutaraldeído ou, preferencialmente, esterilizadas em estufa de calor seco.

 

0 dentista deve usar um par de luvas novas a cada paciente?

Sim, pois a luva é considerada um material descartável e, portanto, deve ser eliminada após cada atendimento.

 

Através do exame bucal, o dentista pode suspeitar que o paciente tem AIDS?

Sim, pois existem várias doenças na boca que ocorrem preferencialmente em pacientes HIV positivos.

 

0 dentista pode recusar a atender um paciente soropositivo para HIV?

Legalmente, o dentista pode recusar-se a atender qualquer paciente. Porém, eticamente, ele tem a obrigação de atender o paciente com AIDS em situações emergenciais e de encaminhá-lo a um profissional capacitado, caso julgue necessário.

 

0 paciente HIV positivo deve informar ao dentista a sua condição?

Sim, pois sendo este um paciente imunodeprimido, alguns cuidados especiais devem ser tomados com esse paciente, como por exemplo cobertura antibiótica após exodontias.

 

0 dentista pode solicitar o exame anti-HIV?

Sim, desde que o paciente concorde e tenha o conhecimento dessa solicitação.

 

Quem corre mais riscos de contaminação no consultório dentário: o dentista ou o paciente?

Embora o risco de contaminação seja mínimo, o dentista, por estar em contato com os fluidos que podem conter vírus, como o sangue e a saliva, está mais sujeito à contaminação.

 

Fonte: Revista da APCD

Anestesia

O que é anestesia?

 

Qualquer pessoa pode tomar anestesia?
Antes disso, a pessoa deve responder a um breve questionário de saúde, padronizado pela ASA (Sociedade Americana de Anestesiologia), que determina o risco anestésico e cirúrgico. Com base em suas respostas, o profissional terá condições de informar se ela está apta a submeter-se a tratamento odontológico com anestesia. Mas, para seu conforto, já lhe adianto que esse procedimento é muito seguro e que a variedade de medicamentos disponíveis proporciona muita segurança.

 

Existe contra-indicação?
Sim, e elas podem estar relacionadas ao agente anestésico ou ao vasoconstritor. Com relação ao vasoconstritor, os pacientes com pressão alta não tratada ou não controlada, doenças cardíacas graves, diabetes mellitus não controlada, hipertireoidismo, feocromocitoma, sensibilidade aos sulfitos e usuários de antidepressivos tricíclicos, compostos fenotiazínicos, cocaína e “crack”, têm limitações no uso de anestésicos.

 

Uma pessoa com 70 anos também pode tomar anestesia?
Com o passar da idade, muitas alterações podem aparecer, as quais podem contra-indicar ou não o procedimento. Como foi explicado no item acima, se o paciente apresentar algumas dessas alterações, o uso do anestésico pode estar temporariamente contra-indicado. Nesse caso, ele é encaminhado ao profissional médico habilitado e, após a sua liberação, o procedimento de anestesia é realizado.

 

Gestantes podem tomar anestesia?
Sim, o estado de gravidez não contra-indica o procedimento anestésico. Porém, se for possível, é mais aconselhável o uso da anestesia entre o terceiro e o sexto mês de gestação.

 

Existe o risco de choque anafilático?
Sim, porém é muito pequeno, uma vez que as respostas ao questionário de saúde orientam o profissional sobre o possível risco de choque anafilático.

 

Quais são os tipos de anestesia?
De uma maneira bem abrangente, a anestesia pode ser local ou geral. A anestesia local é administrada pelo cirurgião-dentista no próprio consultório. A geral deve ser feita pelo médico anestesista em hospital ou clínicas apropriadas.

 

O que é sedação consciente?
É um procedimento realizado pelo cirurgião-dentista e pelo médico anestesista, a fim de proporcionar maior conforto ao paciente, em casos de pacientes ansiosos ou com medo de ir ao dentista. Esse procedimento é realizado combinando-se a ação do anestesista (através de medicamentos relaxantes) com a do cirurgião-dentista (por meio de anestésicos locais), proporcionando conforto e eficiência anestésica em grandes procedimentos ambulatoriais.

 

Por que, às vezes, a anestesia demora mais para passar?
Provavelmente devido ao tipo de tratamento realizado. O profissional irá escolher o tipo de técnica, a quantidade e o medicamento. Nesse caso, quando o procedimento é simples, geralmente a anestesia passa rapidamente, ao contrário do que acontece em procedimentos longos, nos quais o profissional necessita de maior quantidade de anestésico.

 

Qual é a quantidade máxima de anestésico que se pode tomar?
Geralmente, os medicamentos são feitos para, em média, serem administrados 10 tubetes de anestésico em dose de segurança. Deve-se lembrar que o medicamento é composto pelo agente anestésico e pelo vasoconstritor. Em alguns casos em que está contra-indicado ou restrito o uso do vasoconstritor, a quantidade deve ser diminuída.

 

Como eu posso tomar uma anestesia sem dor?
Quando se pensa em anestesia, a primeira lembrança é o desconforto devido à picada da agulha, mas isso não mais ocorre. Hoje, com os cuidados pré-anestésicos que envolvem desde a utilização de medicamentos tranqüilizantes até o uso de anestésicos tópicos fortes, o incômodo do procedimento de anestesia diminuiu muito, chegando a não ser notado, dependendo da relação de confiança entre o paciente e o profissional.

 

Existe algum aparelho que aplique a anestesia para proporcionar conforto?
Sim. O conforto durante a anestesia é estabelecido quando uma pequena quantidade de anestésico é injetada continuamente por um maior período de tempo. Um aparelho dotado de microprocessador pode injetar a anestesia de forma lenta e contínua, diminuindo o desconforto do procedimento de anestesia.

 

Fonte: Revista da APCD

Alinhador invisível

Alinhador invisível é alternativa ao aparelho ortodôntico tradicional

O tratamento com alinhadores representa hoje uma das mais importantes técnicas da ortodontia moderna, proporcionando elevado nível de conforto, uma vez que não utilizam braquetes ou fios para movimentar os dentes.

 

Transparentes e praticamente imperceptíveis, você pode sorrir e falar com naturalidade. São retirados de forma rápida e simples, para comer ou escovar os dentes, sempre que precisar.

 

Os resultados são bastante precisos em curto espaço de tempo. E a principal vantagem é um tratamento mais rápido e um sorriso alinhado de maneira suave e confortável. E o que é melhor, invisível.

 

O ortodontista é o responsável por esta especialidade, que cuida da posição dos dentes. Todos que tiverem a dentição permanente e completa estão aptos ao procedimento, a partir dos 14 anos de idade.

Cirurgia Ortognática

A cirurgia ortognática é o ramo da cirurgia bucomaxilofacial, que tem como responsabilidade a correção das discrepâncias maxilomandibulares. O procedimento cirúrgico é realizado totalmente por dentro da boca, não deixando marcas ou cicatrizes.

Orto, do grego, significa alinhado, correto e gnato, significa maxilar.

 

Exemplos de Cirurgias Ortognáticas realizadas pelo Prof. Dr. Francisco Pacca e equipe

Cirurgia Ortognática

 

O resultado desse tipo de cirurgia traz benefícios funcionais para a mordida e para a Articulação Temporo Mandibular (ATM), além da melhora na estética e na harmonia facial.

Geralmente o uso de aparelho ortodôntico é necessário em conjunto com a cirurgia, que ajudará no nivelamento e posicionamento dos dentes

 

Sabe aquele queixo projetado?

Cirurgia Ortognática

Na Odontologia chamamos de prognatismo mandibular ou relação de Classe III. É um tipo de desarmonia facial em consequência de uma discrepância maxilomandibular.

Neste exemplo (foto) ocorre um aumento de crescimento mandibular em relação à maxila, causando uma mordida cruzada anterior e um perfil facial côncavo.

Além do desconforto estético ao paciente, proporciona uma série de transtornos funcionais tanto para a mastigação quanto para a saúde da articulação temporomandibular (ATM). A correção dessas discrepâncias é feita por meio da cirurgia ortognática, que restabelece o equilíbrio anatômico da face.

Clareamento dental

Como funciona o clareamento dental?
As moléculas dos géis oxidantes (liberadores de oxigênio) penetram na intimidade do esmalte e da dentina, liberando oxigênio que, por sua vez, “quebra” as moléculas dos pigmentos causadores das manchas.

Meus dentes podem ser clareados?
Sim. Qualquer pessoa pode ter seus dentes clareados, desde que eles estejam íntegros, sem muitas restaurações.

Como posso clarear meus dentes?

    • Os dentes podem ser clareados através de géis ou pastas oxidantes (liberadores de oxigênio) basicamente de três maneiras:

 

    • No consultório: utilizando a tecnologia do laser. Nesta técnica, o dentista isola os dentes com um gel plástico para proteger a gengiva e depois aplica outro gel clareador que, quando submetido á ação do laser e da luz de LED associadas, o clareamento dental é efetuado em alguns minutos.

 

    • Em casa (doméstico): o paciente, sob a orientação do dentista, leva um gel oxidante para usar diariamente em casa e uma placa de mordida que se encaixa perfeitamente nos dentes. Atualmente, existem diversas concentrações e variações químicas desses peróxidos, possibilitando clareamentos graduais e com menor possibilidade de hipersensibilidades.

 

    • Em combinação (consultório + doméstico): efetuamos sessões de clareamento com laser + LED no consultório, complementados com o uso de géis de peróxidos em casa.

 

Posso fazer o clareamento dental sozinho ou preciso ir ao dentista?
Não se recomenda fazer o clareamento dental sem orientação profissional. Seja no consultório ou em casa, sempre deve haver monitoramento do dentista.

 

Os produtos usados no clareamento dental são seguros à saúde geral?
Sim. Como outros produtos e medicamentos usados na medicina e na odontologia, se usados corretamente conforme orientação, os produtos usados no clareamento dental não promovem nenhum prejuízo à saúde geral.

 

A mídia divulgou que o clareamento dental doméstico poderia potencializar o aparecimento do câncer. É verdade?
Essa informação não tem fundamento. Tanto que a FDA (Food and Drug Administration) e a ADA (American Dental Association) aprovam o uso de peróxidos em cremes dentais, que são usados indiscriminadamente pela população. Essas entidades também não desaprovam o uso de clareadores dentais, desde que supervisionado por dentistas.

 

Eles provocam danos à gengiva?
Não, desde que o paciente faça tratamento supervisionado e não use produtos vendidos pela TV ou em supermercados. O dentista confecciona uma moldeira individualizada que cobrirá somente a superfície dental, evitando, assim, que o agente clareador dental tenha contato direto e contínuo com a gengiva. Qualquer lesão e sensibilidade devem ser imediatamente comunicadas ao dentista.

 

O dente clareado fica enfraquecido?
Não. A estrutura dental não é afetada.

 

O clareamento dental altera as restaurações já existentes?
Não. Mas o paciente precisa saber que talvez tenha de trocar ou retocar as restaurações antigas: uma vez que as restaurações não sofrem ação dos clareadores, parecerão mais escuras frente aos dentes clareados, causando desarmonia estética.

 

Posso fazer clareamento dental em qualquer idade?
Sim. Não há contra-indicação específica quanto à idade. A partir dos 10 anos, é aceitável.

Durante o clareamento dental, o que devo e não devo fazer?

 

Deve fazer:

  • 1. Seguir as orientações do dentista.
  • 2. Retirar o dispositivo de clareamento 1 hora antes das refeições e reiniciar 1 hora após.
  • 3. Observar os dentes diariamente no espelho, monitorando o progresso do clareamento.
  • 4. Guardar a placa de clareamento, para o caso de necessitar de manutenção.

 

Não deve fazer:

  • 1. Fumar durante o tratamento.
  • 2. Tomar café, chá, refrigerante e vinho em excesso.
  • 3. Escovar os dentes logo após retirar o dispositivo.
  • 4. Emprestar o produto para outras pessoas.

 

Quanto tempo dura o tratamento doméstico de clareamento dental?
Dura de 5 a 10 dias, usando-se durante noites. Pode haver variações dependendo do grau de escurecimento e de quanto se deseja clarear.

 

O dente clareado pode escurecer novamente?
Sim. Após 1 ou 2 anos, pode haver a necessidade de uma manutenção, que é feita em uma sessão de laser + LED ou utilização do gel doméstico por 2 ou 3 noites.

 

Quais as contra-indicações do clareamento dental doméstico?
Por precaução, deve-se evitar o tratamento em gestantes e lactantes.

 

Prof. dr. Francisco Pacca

Fonte: Revista da APCD

Dentaduras

Qual é o melhor tipo de dentes?

É difícil estabelecer regras fixas para a escolha de dentes de porcelana ou de resina acrílica. Atualmente, a maioria dos profissionais prefere os de resina acrílica, pois apresentam como vantagens:

    • não produzem ruídos quando o paciente mastiga ou fala;
    • o perigo de fratura é menor;
    • facilidade para ajustes oclusais.

 

Suas desvantagens incluem:

    • a mudanças de forma e de cor;
    • maior cuidado na limpeza;
    • desgaste com o tempo de uso.

 

Vantagens dos dentes de porcelana:

    • estabilidade da cor;
    • facilidade de limpeza;
    • o desgaste é clinicamente insignificante.

 

Desvantagens:

  • produzem ruídos quando o paciente mastiga ou fala;
  • abrasão nos dentes naturais opostos;
  • perigo maior de fraturas.

Qual o tempo de duração de uma dentadura?
A cada 5 anos, o paciente deverá procurar o seu cirurgião-dentista, para uma análise criteriosa para confecção de novas dentaduras. Estética, harmonia facial, desgaste dos dentes, envelhecimento precoce, falta de retenção, reabsorção óssea, dores em algumas áreas são alguns itens importantes para indicação ou não de uma nova dentadura.

 

Quanto tempo é necessário para se acostumar às dentaduras?
A dentadura inferior leva 4 vezes mais tempo que a superior. Quanto mais tempo você empregar na mastigação, melhor será a adaptação. Não coma porções grandes de alimentos no princípio. Divida os alimentos em pequenas porções. Você terá dor e desconforto no começo; se aparecerem pontos dolorosos ou “calos” procure seu dentista, que lhe dará alívio necessário.

 

Que tipo de alimentos devo comer?
Coma somente alimentos macios e cremosos nos primeiros dias; à medida que for progredindo, coma alimentos mais sólidos e mastigue vagarosamente e por igual a fim de controlar a dentadura e a pressão das gengivas ao morder.

 

É difícil falar com as novas dentaduras?
Se você tem tendências de misturar as palavras, ou parece difícil, pratique falando em voz alta em frente ao espelho. Normalmente, rapidamente se aprende a falar com a nova prótese.

 

Por que as dentaduras “machucam”?
Quase sempre elas irão provocar pequenas ulcerações na sua gengiva. É muito difícil fazer dentaduras que não traumatizem a fibromucosa, provocando dores. Quase sempre é necessário realizar controles posteriores, desgastes, ajustes oclusais etc.; não esquecer que as dentaduras são duras, rígidas e o tecido da gengiva é muito delicado e sensível.

0 que fazer com a sensação de “boca cheia”?
Para diminuir seus efeitos, engula com mos freqüência, e, depois de alguns dias, seu organismo se adaptará às novas condições. Os músculos dos maxilares, dos lábios, assim como a língua, ajudam a manter a dentadura no lugar.

 

Quando as dentaduras provocam náuseas e enjôos, o que fazer?
0 melhor remédio é usá-las o maior tempo possível. Esse reflexo passará logo. Seu dentista pode ajudar verificando a extensão da base e a adaptação no céu da boca.

 

Devo dormir com as dentaduras?
Muitos usam suas dentaduras artificiais durante as 24 horas; no entanto, se sentir dificuldades porque acorda com dor na boca, ou elas soltam à noite, melhor dormir sem elas.

 

Como limpar as dentaduras?
Sempre que se alimentar, fazer o possível para lavar as dentaduras por meio de escovas macias. Não usar pó para polir, eles podem conter cáusticos alcalinos, ácidos ou partículas, os quais podem arranhá-la. 0 acúmulo, de antigas partículas pode dar mau odor.

 

Uma dentadura que não está limpa nunca é confortável. A melhor maneira de evitar o acúmulo de tártaro é não deixar que se deposite.

 

Devo usar produtos de fixação?
Quase sempre não há necessidade de pó adesivo; deve-se usá-lo somente a conselho do seu dentista.

Muitos pacientes não ficam satisfeitos com a retenção das suas dentaduras; começam por conta própria ou por informação de outros a usar pó adesivo; porém, com a pressão aumentada, a gengiva se reabsorve, se contrai mais rapidamente e as dentaduras ficam cada vez mais frouxas, precisando se aumentar cada vez mais e a quantidade desses “produtos ditos milagrosos”.

Fonte: Revista da APCD

Doença Periodontal

O que é periodonto?
Periodonto ou doença periodontal é o conjunto de tecidos que está ao redor do dente e que é responsável pela sua fixação: gengiva, osso alveolar e fibras que ligam raiz ao osso.

 

O que é Doença Periodontal (DP)? É a mesma coisa que gengivite?
É o comprometimento dos tecidos periodontais pelo processo inflamatório, que leva à reabsorção do osso que está ao redor das raízes dos dentes, enquanto que, na gengivite, não há alteração óssea, pois a inflamação só atinge a gengiva.

 

Como posso saber se já tenho a DP?
0 sinal mais característico é o sangramento, mas devemos estar atentos também para: alterações na posição dos dentes, mobilidade, retrações gengivais, retenções de alimento, inchaço etc.

 

Ao perceber sangramento durante o uso do fio dental, devo suspender esse procedimento de limpeza?
Não, desde que esteja passando o fio corretamente. 0 sangramento denota a presença de bactérias nessa região e, dessa forma, é conveniente continuar com o uso do fio na tentativa de removê-las.

 

Existem medicamentos indicados para o tratamento?
Não é possível o tratamento desta doença somente com medicamentos, sejam estes locais ou sistêmicos. A placa bacteriana aderida ao dente tem que ser removida mecanicamente.

 

Qual a causa da DP?
A placa bacteriana aderida ao dente é a única causa, porém algumas alterações na gengiva podem estar associadas a causas hormonais, uso de alguns medicamentos, queda de resistência etc.

 

Corno o tratamento é realizado pelo cirurgião-dentista?
É feito com a remoção da placa bacteriana aderida através de raspagem e alisamento das raízes dos dentes. Quando os instrumentos de raspagem não atingem toda área da raiz comprometida, as cirurgias são indicadas; para facilitar o acesso.

 

Uma vez tratada a doença, os tecidos recuperam-se integralmente?
Não, sempre ficam seqüelas, com exceção das gengivites. A doença periodontal deixa como seqüelas alterações estéticas como: deslocamento na posição do dente, retração gengival com conseqüente aumento no comprimento do dente etc. Existem procedimentos cirúrgicos e protéticos que podem miminizar esses defeitos.

 

De quando em quando se fazem os retornos para a manutenção após o tratamento?
As visitas para manutenção devem assegurar a estabilidade da condição de saúde alcançada com o tratamento e, assim, evitar tanto a o progressão da doença como a sua recidiva.
Nos casos mais avançados, recomenda-se uma periodicidade de 3/3 meses e de 4/6 meses para a maioria das pessoas.

 

E possível prevenir esta doença?
A sua prevenção pode ser feita unicamente removendo a placa bacteriana através de limpeza bucal doméstica com fio dental e escova, mais limpezas periódicas feitas pelo dentista.

 

Prevenção: Limpeza bucal doméstica + Limpeza profissional de 6/6 meses.

 

Fonte: Revista da APCD

Escovas Dentais

Qual a importância da escovação dos dentes para a saúde bucal?
Para a prevenção da cárie e da doença periodontal, é necessário que se faça uma completa remoção da placa bacteriana, a principal causadora dessas doenças, por meio de uma correta escovação.

 

A escova dura parece que limpa melhor os dentes. Seu uso pode prejudicá-los?
A escova ideal para dentes naturais deve ser macia ou extramacia porque, para uma boa escovação dental, é necessário escovar as gengivas, e escovas duras, além de machucarem a gengiva, podem desgastar os dentes, provocando sensibilidade, e provocar a retração gengival, que pode afetar a estética do sorriso e também provocar dor.

 

Existe uma escova de dentes apropriada para cada idade?
Atualmente é preconizado o início da escovação logo após o aparecimento do primeiro dentinho. No bebê, a escova indicada, embora tenhamos poucas opções no mercado nacional, é uma escova extramacia, que limpe os dentinhos recém erupcionados, faça massagem na gengiva e tenha um cabo que permita um bom apoio para o adulto que irá fazer a escovação. A partir dos 3 anos, a criança gosta, ela mesma, de fazer a escovação. Nesse caso deve ser usada uma escova com a cabeça pequena, cerdas macias e que tenha uma proteção no longo eixo do cabo, para evitar acidentes. Um adulto, entretanto, deve complementar a escovação. A partir dos 7 anos, a criança quase sempre já consegue realizar a escovação sozinha, embora deva haver a supervisão de um adulto. A escova deve ter cabeça de tamanho médio, cerdas macias, pontas arredondadas e um cabo robusto, que facilite a empunhadura.

 

O que é escova interdental?
A escova interdental tem sido utilizada para a limpeza sob próteses fixas e também no caso de doentes periodontais que perderam a papila gengival que fica entre os dentes. Para quem não tem doença periodontal, a escova interdental poderá forçar a gengiva e provocar uma lesão traumática, portanto, o uso adequado do fio dental é aconselhável.

 

As escovas elétricas podem substituir as escovas comuns?
Normalmente as escovas elétricas têm sido indicadas a pacientes especiais que tenham algum tipo de dificuldade motora para fazer uso da escova comum e especialmente a pacientes geriátricos. O uso da escova elétrica nesses casos serve de estímulo para que o paciente mantenha sua saúde bucal. Quando forem indicadas, é importante salientar que as escovas sejam macias ou extramacias e, se possível, que tenham movimentos circulares durante o seu uso.

 

Quem tem doença perlodontal necessita de escova especial?
A essas pessoas indica-se o uso de escova com cerdas extramacias e escovas do tipo tufo, que escovam dente a dente, fazendo uma remoção mais eficiente da placa bacteriana.

 

E quem usa aparelho fixo?
A instrução e a motivação do paciente são os principais meios de prevenção, constituindo-se as escovas especiais como a bitufio, a sulcus (duas fileiras de cerdas) ou a orthodontic (cerdas com depressão em forma de V) em meios auxiliares no controle da higienização.

 

Qual a melhor escova para dentadura?
Atualmente existem no mercado algumas escovas específicas para escovar as próteses totais. São maiores que as escovas de dentes comuns, têm cerdas duras, e o desenho é adequado ao formato da prótese. Caso não se ache as escovas específicas, pode-se simplesmente utilizar uma escova dental dura.

 

Quanto tempo deve durar cada escovação?
É necessário que não haja pressa. devemos caprichar na escovação realizada à noite, após o jantar ou antes de dormir, limpando todos os dentes: primeiro com o fio dental e, em seguida, com a escova. Esse processo deve demorar cerca de 6 minutos.

 

Quantas vezes por dia é necessário escovar os dentes?
Isso depende do risco do paciente à cárie ou à doença periodontal. Para pacientes considerados “normais”, ainda se prescreve que se façam 3 escovações ao dia: pela manhã, após o almoço e após o jantar ou antes de dormir.

 

Fonte: Revista da APCD (Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas)

Facetas Laminadas

Qual a importância da escovação dos dentes para a saúde bucal?
Para a prevenção da cárie e da doença periodontal, é necessário que se faça uma completa remoção da placa bacteriana, a principal causadora dessas doenças, por meio de uma correta escovação.

 

A escova dura parece que limpa melhor os dentes. Seu uso pode prejudicá-los?
A escova ideal para dentes naturais deve ser macia ou extramacia porque, para uma boa escovação dental, é necessário escovar as gengivas, e escovas duras, além de machucarem a gengiva, podem desgastar os dentes, provocando sensibilidade, e provocar a retração gengival, que pode afetar a estética do sorriso e também provocar dor.

 

Existe uma escova de dentes apropriada para cada idade?
Atualmente é preconizado o início da escovação logo após o aparecimento do primeiro dentinho. No bebê, a escova indicada, embora tenhamos poucas opções no mercado nacional, é uma escova extramacia, que limpe os dentinhos recém erupcionados, faça massagem na gengiva e tenha um cabo que permita um bom apoio para o adulto que irá fazer a escovação. A partir dos 3 anos, a criança gosta, ela mesma, de fazer a escovação. Nesse caso deve ser usada uma escova com a cabeça pequena, cerdas macias e que tenha uma proteção no longo eixo do cabo, para evitar acidentes. Um adulto, entretanto, deve complementar a escovação. A partir dos 7 anos, a criança quase sempre já consegue realizar a escovação sozinha, embora deva haver a supervisão de um adulto. A escova deve ter cabeça de tamanho médio, cerdas macias, pontas arredondadas e um cabo robusto, que facilite a empunhadura.

 

O que é escova interdental?
A escova interdental tem sido utilizada para a limpeza sob próteses fixas e também no caso de doentes periodontais que perderam a papila gengival que fica entre os dentes. Para quem não tem doença periodontal, a escova interdental poderá forçar a gengiva e provocar uma lesão traumática, portanto, o uso adequado do fio dental é aconselhável.

 

As escovas elétricas podem substituir as escovas comuns?
Normalmente as escovas elétricas têm sido indicadas a pacientes especiais que tenham algum tipo de dificuldade motora para fazer uso da escova comum e especialmente a pacientes geriátricos. O uso da escova elétrica nesses casos serve de estímulo para que o paciente mantenha sua saúde bucal. Quando forem indicadas, é importante salientar que as escovas sejam macias ou extramacias e, se possível, que tenham movimentos circulares durante o seu uso.

 

Quem tem doença perlodontal necessita de escova especial?
A essas pessoas indica-se o uso de escova com cerdas extramacias e escovas do tipo tufo, que escovam dente a dente, fazendo uma remoção mais eficiente da placa bacteriana.

 

E quem usa aparelho fixo?
A instrução e a motivação do paciente são os principais meios de prevenção, constituindo-se as escovas especiais como a bitufio, a sulcus (duas fileiras de cerdas) ou a orthodontic (cerdas com depressão em forma de V) em meios auxiliares no controle da higienização.

 

Qual a melhor escova para dentadura?
Atualmente existem no mercado algumas escovas específicas para escovar as próteses totais. São maiores que as escovas de dentes comuns, têm cerdas duras, e o desenho é adequado ao formato da prótese. Caso não se ache as escovas específicas, pode-se simplesmente utilizar uma escova dental dura.

 

Quanto tempo deve durar cada escovação?
É necessário que não haja pressa. devemos caprichar na escovação realizada à noite, após o jantar ou antes de dormir, limpando todos os dentes: primeiro com o fio dental e, em seguida, com a escova. Esse processo deve demorar cerca de 6 minutos.

 

Quantas vezes por dia é necessário escovar os dentes?
Isso depende do risco do paciente à cárie ou à doença periodontal. Para pacientes considerados “normais”, ainda se prescreve que se façam 3 escovações ao dia: pela manhã, após o almoço e após o jantar ou antes de dormir.

 

Fonte: Revista da APCD (Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas)

Atendimento à Pacientes Especiais

Em breve!

Fluorose

O que é fluorose? Por que ocorre?
A fluorose é uma alteração que ocorre devido ao excesso de ingestão de flúor, durante a formação dos dentes. Ela se manifesta principalmente pela alteração de cor do esmalte, que pode assumir uma tonalidade esbranquiçada ou exibir pequenas manchas ou linhas brancas. Nos casos mais graves, adquire uma coloração acastanhada ou marrom, podendo haver perda de estrutura dental; nesses casos, torna-se mais friável, mais fácil de desgastar fisiologicamente. Muitos trabalhos apontam como causa da fluorose a utilização de gotas e comprimidos contendo flúor, inclusive muitos complexos vitamínicos recomendados pelos pediatras. Atualmente, a maior causa de fluorose é a ingestão de produtos fluoretados em locais onde já existe água fluoretada, sendo que o mais comum é o dentifrício fluoretado, que muitas crianças engolem durante a escovação. O enxaguatório contendo flúor também poderá contribuir, se for indicado para crianças que ainda não tenham controle adequado da deglutição.

 

Durante a gravidez, devo ingerir suplementos de flúor?
Na gravidez não é necessário ingerir suplementos de flúor, pois sabe-se que a principal ação preventiva é a tópica, ou seja, a que se dá pelo contato do flúor na boca com os dentes. Além disso, na gestante que ingere água fluoretada, o flúor passa para o bebê através da placenta.

 

Pode ocorrer fluorose em dentes de leite?
A fluorose em dentes decíduos possui características semelhantes às da fluorose em dentes permanentes. Não é comum, pois só pode ocorrer nos dentes cuja mineralização se dá após o nascimento. A porção formada na vida intra-uterina, mesmo que a gestante ingerisse ligeiro excesso, receberia proteção da placenta, que é uma barreira semipermeável que deixa passar apenas uma parte do flúor circulante.

 

Quando ocorre fluorose nos dentes de leite, os permanentes também serão acometidos?
Não. A fluorose não passa de uma dentição para outra, pois ela ocorre durante o período de formação dos dentes, e dentes de leite e permanentes se formam em épocas muito diferentes. Mesmo na dentição permanente ela pode afetar alguns dentes e não afetar outros, ou ainda afetar dentes diferentes com grau de severidade diversos. Tudo depende da época que ocorreu o excesso de ingestão e da época de formação dos dentes. O período de maior risco para a ocorrência de fluorose é até os 6 anos de idade, quando estão se formando as coroas dos dentes anteriores, pois se sabe que o maior problema da fluorose é quanto à estética.

 

Os dentes com fluorose são mais fracos? Correm maior risco de ter cárie?
Os dentes com fluorose são ligeiramente mais resistentes à cárie dental, mas não são imunes a ela. Portanto, se o indíviduo tiver dieta e microrganismos cariogênicos, exibindo atividade de cárie, deve receber a mesma atenção preventiva que outro paciente sem fluorose.

 

Se eu usar dentifrício fluoretado para escovar os dentinhos do meu filho de 2 anos, ele correrá o risco de ter fluorose?
Ele corre o risco de ter fluorose se o dentifrício for usado indiscriminadamente, sem cuidado. Se o seu filho engolir muito dentifrício, ele poderá apresentar fluorose, principalmente se morar em região com água fluoretada (como São Paulo, por exemplo). Isto ocorre porque nessa idade as crianças ainda não sabem controlar a deglutição e nem cuspir adequadamente e acabam ingerindo quantidade acima daquela segura para seu peso. Recomenda-se a utilização de quantidade mínima na escova de dentes (semelhante a um grão de arroz), sempre sob supervisão dos responsáveis, e alguns profissionais recomendam o uso de dentifrícios sem flúor.

 

Meu filho de 12 anos faz aplicação de flúor no dentista, usa pasta fluoretada e faz bochechos diariamente com solução fluoretada. Ele corre o risco de ter fluorose?
Não, pois todos os seus dentes já estão com as coroas formadas nessa idade. Entretanto, nem sempre é necessário usar todos os tipos de produtos com flúor disponíveis no mercado: o dentifrício deve ser utilizado por todos os indivíduos, mas os bochechos e as aplicações tópicas profissionais devem ser utilizados levando-se em consideração a atividade de cárie de cada um.

 

O que fazer nos casos de fluorose?
A descoberta da fluorose não traz grandes mudanças do ponto de vista prático, a não ser nos casos em que a estética é muito prejudicada e começa a incomodar o paciente. A maioria dos casos observados atualmente são de fluorose muito leve ou leve, em que as manchas ou linhas brancas ficam disfarçadas quando o dente está úmido, não sendo necessário nenhum tratamento; se for necessário melhorar a estética, existem algumas técnicas disponíveis, que vão de um microdesgaste do esmalte até técnicas restauradoras tradicionais. Mas, do ponto de vista prático, o mais importante é prevenir.

 

Fonte: Revista da APCD

Harmonização Facial

Toxina botulínica x ácido hialurônico

 

Preenchimento (Aplicação de ácido hialurônico)

 

Ainda há confusão entre a diferença do ácido hialurônico e a toxina botulínica. O ácido preenche sulcos e corrige as linhas de expressão e a toxina botulínica, entre outras funções, paralisa os músculos faciais.

 

O estresse, o sol e o tabaco podem causar o envelhecimento precoce da pele e conseqüentemente o aparecimento de rugas e linhas e expressão. O ácido hialurônico é utilizado para corrigir essas linhas. O preenchimento com ácido hialurônico é extremamente seguro, já que este é um componente da pele.

 

É utilizado para preencher rugas, sulco-nasogeniano (bigode chinês), sulcos perilabiais (código de barras), diminuir marcas de cicatrizes ou sulcos na face e aumentar volume e contorno de lábios.

 

O preenchimento também pode ser realizado nas papilas gengivais estimulando o crescimento gengival e preenchendo áreas com blackspace (ponto sem recobrimento gengival entre dentes) ou ao redor de implantes.

 

O ácido hialurônico atrai moléculas de água e induz a formação de colágeno na pele.

 

A aplicação do preenchimento com ácido hialurônico pode ser realizada com o uso de anestesia local.

 

É contraindicado apenas para pacientes com herpes ativos, lactantes, gestantes e pessoas com doenças autoimunes.

 

Aplicação de toxina botulínica

 

A toxina botulínica é uma proteína /protease produzida por uma bactéria (Clostridium botulínica) anaeróbia.  Essa bactéria produz vários tipos de toxina, sendo que a mais potente, e única produzida e distribuída no Brasil, é a toxina botulínica tipo A. (BTX-A).

 

A toxina age nos terminais nervosos celulares bloqueando a liberação de acetilcolina e assim diminui a ação de contração muscular. Devido a pequena quantidade de toxina injetada e da ação estritamente local, o resultado é de modulação da força de contração e não de paralisia muscular.

 

O resultado final será obtido entre 10 a 14 dias após a aplicação.

Pode ser utilizada em tratamento de bruxismo/apertamento, sorriso gengival ou sorriso invertido e também na atenuação de linhas de expressão ao redor dos olhos e testa.

 

O efeito do tratamento é de 4 a 6 meses, sendo que 4 meses para tratamentos meramente estéticos e de 6 meses para a terapêutica de bruxismo/ apertamento ou sorriso gengival.

 

O código legal que libera a utilização toxina botulínica para a odontologia é resolução nº 176, de 6 de setembro de 2016, permitido aplicação e uso estético e terapêutico por dentistas após a realização de um curso regulamentado.

 

É vetado o uso de anestésico local para aplicação desse produto.

Incrustação

O que significa “Incrustação”?

A palavra “incrustação” é derivada do verbo “incrustar”, que significa “embutir, inserir ou fixar-se”. Portanto, o termo “incrustação” é utilizado em Odontologia para denominar uma peça que é embutida e fixada a um dente, com a finalidade de reconstruí-lo.

Qual a indicação de uma incrustação?

As incrustações são indicadas nos casos em que as restaurações convencionais não conseguem devolver a forma nem a resistência adequada ao dente que foi lesado por grandes cáries, desgastes, fraturas ou que tenha sofrido tratamento de canal. São utilizadas nos dentes posteriores.

De quais materiais são feitas as incrustações?

As incrustações são feitas geralmente de metal. Atualmente, podem também ser feitas de resina ou porcelana.

Qual a diferença entre restauração e incrustação?

A diferença básica é a maneira como são construídas. A restauração é feita diretamente na boca e fica normalmente pronta numa única consulta; já a incrustação é feita em um laboratório de prótese sobre um modelo do dente do paciente e necessita de mais de uma consulta para ficar pronta.

Quais as vantagens em se fazer uma incrustação em metal?

Todas: adaptação, resistência, conforto, recuperação da capacidade triturante dos dentes etc. A única desvantagem é a estética.

E as vantagens em se fazer de material da cor do dente?

É o material indicado, considerando o fator estética como fundamental para algumas pessoas. Por ser uma técnica recente, não é ainda totalmente dominada por todos os laboratórios de prótese e por todos os profissionais, contrariamente em relação às incrustações metálicas.

Quantas consultas, em média, serão empregadas para a confecção de uma incrustação?

Em média, são necessárias 4 consultas. A primeira, para preparo do dente e confecção de uma proteção temporária; a segunda, para moldar; a terceira, para aprovar a incrustação que vem do laboratório de prótese e a quarta, para a instalação da incrustação terminada.

Como ela se fixa ao dente? 

As incrustações metálicas podem ser cimenta das ou coladas e as incrustações de resina ou porcelana (as mais estéticas) são coladas ao dente usando-se um adesivo apropriado.

Ela pode soltar-se facilmente durante a mastigação?

Não. Sendo o trabalho desenvolvido dentro de critérios adequados, temos um excelente controle sobre a fixação das incrustações sobre os dentes tratados.

Qual a durabilidade de uma incrustação?

Essa pergunta deve ser respondida com outra: qual a durabilidade de um dente natural sem nenhuma cárie? Resposta: o dente permanece perfeito enquanto nenhuma cárie apareça, pois, assim que ela aparece, o dentista tem que tratar esse dente. Com as incrustações ou qualquer outro trabalho feito por um dentista, o critério é o mesmo: enquanto o trabalho estiver funcionando e protegendo o dente, ele permanece; caso contrário, ele deve ser removido e trocado por outro que volte a proteger e devolver a função do dente. Assim, podemos dizer que, em uma boca bem higienizada, a probabilidade de uma incrustação durar vários anos é bem maior do que em uma boca mal cuidada.

Mau Hálito (parte 1)

Todas as pessoas têm mau hálito?
Se considerássemos o hálito desagradável ao acordar, praticamente 100% da população seria portadora de halitose. Por isso, o hálito da manhã é considerado fisiológico. Ele acontece devido à leve hipoglicernia, à redução do fluxo salivar para virtualmente zero durante o sono e ao aumento da flora bacteriana anaeróbia proteolítica. Quando esses microrganismos atuam sobre restos epiteliais descamados da mucosa bucal e sobre proteínas da própria saliva, geram componentes de cheiro desagradável (metilmercaptana, dimetilsulfeto e principalmente sulfidreto, que tem cheiro de ovo podre). São os compostos sulfurados voláteis, conhecidos abreviadamente por CSV. Após a higiene dos dentes (com fio dental e escova), da língua (com limpador lingual) e após a primeira refeição (café da manhã), a halitose matinal deve desaparecer. Caso isso não aconteça, podemos considerar que o indivíduo tem mau hálito e que este precisa ser investigado e tratado.

 

É possível que eu tenha mau hálito e não saiba disso?
Sim. As pessoas que têm um mau hálito constante, por fadiga olfatória, não percebem seu próprio hálito. Somente as pessoas que têm períodos de halitose e períodos de normalidade conseguem percebê-lo.

 

Como eu posso saber se tenho ou não mau hálito?
A maneira mais simples de identificá-lo é pedir a um familiar ou a um amigo de confiança que faça essa avaliação para você. Caso você identifique o problema ou caso você se sinta constrangido a pedir a alguém que o avalie, pode procurar um dentista para que este possa ajudá-lo no diagnóstico e no tratamento da halitose. Atualmente, e cada vez mais, existem dentistas interessados no assunto, e muitos deles até já dispõem de um aparelho para medir e avaliar seu potencial de lialitose.

 

Então, dá para se medir o hálito?
Sim, atualmente existe à disposição dos profissionais interessados um aparelho chamado Halimeter@, que é capaz de medir compostos sulfurados voláteis e que serve para orientar quanto à gravidade da lialitose e quanto à melhora e à cura durante o tratamento.
Também é útil para demonstrar claramente para certos pacientes que eles não possuem nenhum cheiro desagradável na boca, quando este é o caso. Certos pacientes halitofóbicos ficam muito apreensivos, com medo de terem lialitose e desconhecerem o fato.

 

Qual a causa do mau hálito?
É muito bom que se diga que os casos de halitose não podem ser explicados por um único mecanismo. Existem casos de lialitose tanto por razões fisiológicas (que requerem apenas orientação) como por razões patológicas (que requerem tratamento); por razões locais (feridas cirúrgicas, cárie, doença periodontal etc.) ou sistêmicas (diabetes, uremia, prisão de ventre etc.).
Por isso, pode-se concluir que todas as possíveis causas devem ser investigadas e que o tratamento será direcionado de acordo com a causa identificada. No entanto, 96% ou mais dos casos de lialitose se devem à presença de saburra lingual e, assim, devem ser tratados.

 

0 que é saburra?
Saburra é um material viscoso e esbranquiçado ou amarelado, que adere ao dorso da língua em maior proporção na região do terço posterior. A saburra equi vale a uma placa bacteriana lingual, micro em que os principais organismos presentes são do tipo anaeróbios proteolíticos, os quais, conforme foi explicado para a liali tose da manhã, produzem componentes de cheiro desagradável no final de seu metabolismo.

 

Se a saburra é formada microrganismos, o mau hálito é contagioso?
Não. A saburra somente se forma em pessoas com predisposição à sua formação. Por isso, é muito comum observarmos casais em que apenas um dos parceiros apresenta hálito muito desagradável, a ponto de incomodar o outro.

 

O que predispõe à formação de saburra?
A causa primária da formação de saburra é a leve redução do fluxo salivar, com a presença de uma saliva muito mais rica em mucina (“gosmenta”) e que facilita a aderência de microrganismos e de restos epiteliais e alimentares sobre o dorso da língua. É bom que se diga que existem vários graus de redução do fluxo saliva; quando a redução é severa (de 0 a 0,3 ml/minuto, sob estímulo mecânico), já não encontramos saburra, mas sim, outros tipos de desconforto. A medida do fluxo salivar (sialometria) deve ser feita por um profissional habilitado para isso. Também é importante a avaliação das causas da redução do fluxo salivar para que se possa decidir sobre o tratamento. Uma causa bastante comum é o “stress” constante.

 

Fonte: Revista da APCD

Mobilidade dental

Mobilidade natural, “fisiológica”
Os dentes naturais apresentam uma pequena mobilidade, isto é, quando os dentes estão em função, eles sofrem uma movimentação dentro do seu alvéolo que é considerada normal (fisiológica). Essa mobilidade é conferida pelo ligamento periodontal que, a grosso modo, são fibras que unem o dente ao alvéolo (osso ao redor do dente).

 

Mobilidade causada por acidentes
Quando o dente sofre uma pancada (traumatismo), o ligamento periodontal, que é composto por fibras, é então estirado ou comprinúdo. A conseqüência disso é um aumento da mobilidade do dente. Quanto maior o trauma, maior será a mobilidade desse dente. Normalmente, a cura é espontânea e, em casos mais severos, é necessário fixar o dente traumatizado temporariamente.

 

Mobilidade causada por doença periodontal
A doença periodontal provoca a reabsorção do osso alveolar que circunda o dente e também a destruição do ligamento periodontal. Essa destruição, causada por bactéria, é gradual, lenta e indolor e, como conseqüência, provoca um aumento progressivo da mobilidade dental, que agora já não é mais considerada fisiológica. Há a necessidade de tratamento, que consiste inicialmente em fazer raspagem da placa bacteriana aderida à superfície radicular.

 

Mobilidade relacionada à articulação dentária
Quando um dente estiver mal posicionado, pode interferir na mordida (relacionamento dos dentes superiores e inferiores). Como conseqüência, esse dente receberá uma carga excessiva, a qual poderá causar um aumento da mobilidade. Há necessidade de ajuste para distribuir forças mastigatórias entre todos os dentes.

 

Mobilidade relacionada com prótese e restauração
Os dentes não se encontram isolados na boca, eles fazem parte de uma engrenagem. Os dentes superiores se relacionam com os inferiores em várias posições e de uma forma dinâmica (oclusão). Quando se realiza uma prótese ou uma restauração, esta deverá respeitar a oclusão se não, poderemos ter o que se chama “contacto prematuro”. Esse contacto interferente poderá causar mobilidade dental, pois haverá um aumento de carga sobre esse dente restaurado. Para a correção, deverão ser realizados ajustes nesses trabalhos ou, ainda, a sua substituição.

 

Mobilidade causada por pulpites (Inflamação da polpa dentária)
Essa inflamação, que ocorre dentro do canal, pode provocar também uma inflamação das fibras periodontais que circundam a raiz do dente afetado. Em decorrência disso, temos uma maior mobilidade e esta pode ser acompanhada de um descolamento (extrusão) dando a sensação de dente “crescido”.
Após o tratamento endodôntico (canal), a inflamação desaparece e o dente volta a seu lugar e a ter a mobilidade natural (fisiológica).

 

Mobilidade causada por tratamento ortodôntico (correção de dentes mal posicionados)
Para a correção da má posição de um dente, é necessário aplicar uma determinada força nele, fazendo a movimentação do dente. Isso é feito através de aparelhos ortodônticos fixos ou móveis. Entretanto, esse tratamento provoca um aumento na mobilidade do dente, principalmente logo após a ativação (apertamento) do aparelho. Depois de 48 horas, a mobilidade excessiva volta a níveis normais.

 

Fonte: Revista da APCD

Os Dentes de Leite

Devo me preocupar em caso de atraso na vinda dos primeiros dentes de leite?
Não, pois a idade média normal para o nascimento é por volta de 6 meses de idade. Um atraso em torno de mais 6 ou 8 meses ainda poderá ser considerado dentro dos padrões da normalidade em nossa população. Também poderemos ter dentes de leite que erupcionam (nascem) antes do prazo médio, ou seja, logo após o nascimento (“dente natal”), ou por volta de 2 a 3 meses de idade (“dente neonatal”). Se isso ocorrer, procure o odontopediatra.

 

Quando nascer os dentes do bebê, poderá ocorrer febre ou diarréia?
Sim. Ao nascimento dos dentes do bebê, poderão ocorrer alguns sintomas, como coceira e abaulamento da gengiva, com aumento da salivação, estado febril, e até as fezes podem ficar mais líquidas.
Para ajudar o rompimento dos dentinhos e melhorar esse desconforto, deveremos oferecer ao bebê alimentos mais duros e mordedores de borracha para massagear a gengiva.

 

Se os dentes de leite são temporários, por que é importante tratá-los?
A presença dos dentes de leite é muito importante porque prepara o caminho (guia) para a erupção dos dentes permanentes, mantendo em equilíbrio harmônico o crescimento das estruturas da face (dentes, ossos e músculos); proporciona uma mastigação e deglutição adequadas dos alimentos e conseqüente digestão. Um dente de leite comprometido seriamente por um processo de cárie poderá levar a uma infecção, acarretando a má formação do dente permanente. Além disso, quando deparamos com crianças esteticamente comprometidas, percebemos que ocorrem nelas uma dificuldade de comunicação e integração social.

 

No caso de perda do dente de leite por trauma (bater a boca), qual procedimento deverá ser tomado?
Se a criança bater a boca, deverá procurar o odontopediatra, para o exame e a radiografia da região atingida, fazendo uma avaliação do caso. Se houver trauma, guardar o fragmento em soro fisiológico, para tentar o procedimento clínico de colagem. Caso ocorra perda do dente, levar o mesmo, em soro fisiológico ou leite, ao odontopediatra, onde será feita a avaliação do procedimento adequado.

 

O uso da mamadeira estraga os dentes?
O uso da mamadeira após a erupção dos dentes poderá levar a chamada cárie de mamadeira, quando apresentar um uso descontrolado e contínuo. O fato de se adicionar outro componente, como açúcar e cereais, leva a um aumento da cárie. Também recomendamos que a mamadeira noturna seja suspensa tão logo erupcione o 1″ dente; caso haja dificuldade, poderá se oferecer água pura.
Assim, a Academia de Pediatria Americana recomenda que o uso da mamadeira deverá ser interrompido dos 9 meses ao 1″ ano de vida. Essa redução deverá ser gradual.

 

Quando deve ser iniciada a escovação dos dentes de leite?
A escovação dos primeiros dentes deverá ser iniciada assim que estes estejam erupcionando, com escova infantil e de cerdas macias. Antes da erupção dos dentinhos, a boca e a gengiva do bebê já deverão ser limpas com a ponta de uma fralda ou com gaze embebida em água filtrada. Os hábitos de higiene, aprendidos quando criança, serão levados para a vida adulta.

 

A aplicação do flúor deve ser iniciada na dentição de leite?
A aplicação de flúor no consultório dentário deverá ser iniciada já na dentição de leite (dentição decídua), assim que esta esteja completa por volta de 2 anos e meio a 3 anos de idade.
0 flúor é um dos agentes importantes na redução da cárie dentária (que é uma doença infecto-contagiosa), em conjunto com outros métodos de prevenção, tais como a escovação e a dieta equilibrada, além do consumo de água fluoretada.

 

O uso da chupeta (ou mesmo chupar o dedo) faz os dentes entortarem?
Sim. A chupeta ou a sucção do dedo,leva a um desequilíbrio das arcadas dentárias e à má posição dos dentes. 0 hábito da chupeta deverá ser interrompido por volta dos 3 anos de idade, quando a criança já está consciente de suas vontades e não requer mais a compensação de sugar. Portanto, devemos encorajá-la a deixar o hábito, sendo, às vezes, uma troca agradável e consciente.
A retirada do hábito de sucção do dedo requer mais consciência por parte da criança, força de vontade e sua colaboração, que poderá acontecer um pouco mais tarde. Nos casos mais severos, a avaliação de um psicólogo é recomendável.

 

O uso de antlbiótico pode manchar os dentes de leite?
0 antibiótico que mais poderá levar a manchas nos dentes de leite é a tetraciclina, quando administrada durante a gestação em grande quantidade e longa duração. 0 mesmo pode acontecer para os dentes permanentes quando administrado à criança logo após o nascimento.

 

Fonte: Revista da APCD

Pastas Dentais (Dentifrícios)

Qual a função da pasta dental?
A efetividade da remoção de placa bacteriana é 70% maior quando se usa dentifrício. Além disso, a formação de uma nova de placa é reduzida em 45% com o uso do creme dental. Embora o dentifrício não seja indispensável para a remoção de placa, tem-se comprovado a sua importância para garantir a limpeza e o polimento dental.

 

Qual a quantidade de pasta ideal?
A quantidade de pasta só tem relevância quando se trata de crianças com menos de 6 anos, que podem ingerir dentifrício involuntariamente ao escovar os dentes. Uma quantidade pequena deve ser usada, para reduzir a ingestão de flúor. Recomendamos a técnica transversal: ao invés de se colocar pasta em toda extensão da escova, cruza-se esta com o dentifrício. Isso é particularmente importante quando as crianças também bebem água fluoretada. Assim, serão reduzidos os riscos de se adquirir fluorose dental.

 

Qual a diferença entre pasta dental anticárie, antitártaro e antiplaca?
A anticárie contém flúor, e a antitártaro contém em, acréscimo, substâncias que reduzem a formação de tártaro. Deve-se esclarecer que os dentifrícios antitártaro não removem cálculo dental mecanicamente, o que deve ser feito pelo dentista ou pessoal auxiliar; o dentifrício interfere apenas em sua fôrmação. As pastas antiplaca contêm substâncias antimicrobianas.

 

Quais os tipos de flúor e sua concentração na pasta?
A adição de uma ou outra forma de flúor na pasta (as mais comuns são o NaF e o MFP) varia de acordo com o tipo de abrasivo que esta contém. Não se recomenda o uso de cremes dentais com concentração de flúor abaixo de 1000 ppm, pois a sua eficiência ainda não está comprovada (1000- 1100 ppm são o ideal). Já os que apresentam mais de 1100 ppm de flúor garantem que, mesmo havendo uma certa inativação do flúor (em casos de produtos cuja validade está vencida), uma quantidade significativa para o controle da cárie será mantida.

 

Qual a função do bicarbonato de sódio?
Por ser o bicarbonato de sódio uma substância alcalinizante e tamponante, hipoteticamente ele poderia neutralizar os ácidos produzidos na placa dental quando da exposição a açúcar.

 

Existe diferença na abrasividade das pastas?
Existem dentifrícios de abrasividade baixa, média e alta. Deve-se enfatizar que um abrasivo no dentifrício é fundamental para garantir a limpeza e o polimento dental. Desgaste e abrasão dental estão mais relacionados com o modo de escovar, o tipo de escova, as substâncias ácidas (refrigerantes, enxaguatórios, frutas) consumidas ou usadas antes da escovação do que com o poder intrínseco do abrasivo.

 

Qual a idade ideal para introduzir a pasta dental na higiene da criança?
0 ideal é que haja pais comprometidos com a saúde bucal dos filhos, e não que se estipule uma idade. Ao mesmo tempo em que o flúor dos dentifrícios é indispensável para o controle da cárie, sua ingestão deve ser controlada, devido ao risco de fluorose dental.

 

As pastas para sensibilidade são efetivas? Qual a duração do seu efeito?
Estudos com dentifrícios contendo nitrato de potássio têm mostrado média de 30% de redução de sensibilidade a jato de ar frio. Essa redução vai depender do limiar de sensibilidade do indivíduo, do uso de substâncias erosivas e do modo de escovar os dentes.

 

Como funcionam e quais os tipos de pastas clareadoras? Existem contra-indicações?
0 princípio básico está no poder oxidante do peróxido, que descora os dentes ao oxidar pigmentos dentais, promovendo assim uma “remoção” química.
A princípio não há contra-indicação, mas, à semelhans tipos de dentifrícios, deve haver racionalidade na indicação.

 

Qual a pasta ideal?
De modo geral, a indicação é a pasta fluoretada, mais recomendadas só em casos particulares.

 

Qual a diferença entre pasta, gel ou creme na efetividade das pastas dentais?
Nenhuma, e é impossível fazer qualquer inferência quanto a flúor, abrasividade, efeito antiplaca, antitártaro etc. pela simples aparência de um dentifrício.

 

Fonte: Revista da APCD

Preenchimento facial e gengival (Ácido Hialurônico)

A exposição solar, a fumaça e até mesmo o estresse causam uma agressão e consequentemente o envelhecimento precoce da pele com aparecimento de rugas e linhas de expressão. Atualmente, o ácido hialurônico é a substância que apresenta os melhores resultados para corrigir essas linhas e sinais que tanto prejudicam a estética facial.

 

O Preenchimento com ácido hialurônico é extremamente seguro, pois é um componente próprio do organismo. O mecanismo de ação dessa substância, funciona atraindo moléculas de água da própria pele (proporcionando uma hidratação) e induzindo a formação de colágeno que é a principal proteína de sustentação dos tecidos.

 

A técnica de utilização do ácido hialurônico é indicada para preencher rugas, sulco-nasogeniano (bigode chinês), sulcos perilabiais (código de barras), diminuir marcas de cicatrizes, sulcos faciais, como também aumentar volume e contorno dos lábios.

 

Outro recurso muito interessante é o preenchimento realizado nas papilas gengivais estimulando o crescimento gengival e completando áreas com blackspace (ponto sem recobrimento gengival entre dentes) ou ao redor de implantes.

 

É importante lembrar que algumas contraindicações são descritas na literatura: pacientes com herpes ativos, lactantes, gestantes e pessoas com doenças autoimunes.

Prótese Parcial Removível (PPR)

O que é Prótese Parcial Removível (PPR)?
É um aparelho protético que substitui os dentes naturais, perdidos em arcadas nas quais ainda permanecem alguns dentes naturais, portanto, com perda parcial de dentes. E chamada de removível porque pode ser retirada pelo portador no momento que este desejar.

 

Pode-se, em todas as situações, optar entre PPR e Prótese Parcial Fixa (PPF)?
Não. Existem situações ideais para cada tipo de aparelho. De um modo geral, as PPRs são indicadas para casos de perda de um número grande de dentes e, principalmente, quando ausentes os últimos dentes (dentes posteriores).

 

Qual a mais cara?
A Prótese Parcial Fixa é, quase sempre, mais cara. Isso não quer dizer que, por ser mais barata, a PPR não mereça a mesma atenção e os mesmos cuidados na sua execução.

 

Como este aparelho se fixa na boca?
Através de grampos “semiflexíveis” metálicos apoiados em dentes naturais (dentes pilares) e por um perfeito assentamento do aparelho sobre a gengiva das áreas desdentadas.

 

É possível eliminar os grampos metálicos a fim de torná-la imperceptível?
Toda PPR convencional necessita de grampos. Para e eliminá-los, seria necessário um aparelho removível que se adapte através de encaixes (attachments) colocados em coroas protéticas cimentadas sobre alguns dentes naturais remanescentes. Essa prótese, é mais indicada quando a estética é fundamental. Ela possui custo mais elevado e técnicas sofisticadas para sua execução.

 

Os grampos estragam os dentes naturais?
Não. Eles devem ser feitos com técnicas corretas e o portador deve higienizá-los cuidadosamente, bem como os dentes naturais e o aparelho, pois o que causa a cárie é a placa, bactérias que se fixa no dente natural e nas superfícies dos grampos. Sem a presença dessa placa bacteriana, o dente se manterá sadio (com grampos).

 

Como deve se fazer para higienizá-los?
A prótese deverá ser removida para limpeza sempre após a ingestão de alimentos. Deve-se utilizar escovas especiais que facilitem a limpeza das superfícies internas – por exemplo, escova cilíndrica, do tipo usado para limpeza de armas. Remover bactérias, fungos e restos de alimentos do aparelho é tão importante quanto a limpeza dos dentes naturais.
Para todo paciente portador de próteses, é necessário fazer visitas periódicas ao dentista, já que é considerado paciente dentado. De uma forma profissional, é preciso verificar o funcionamento da prótese e fazer a higienização dos dentes e do aparelho.

 

Qual a eficiência mastigatória da PPR?
Uma PPR é mais eficiente na mastigação quando o seu número de dentes artificiais é pequeno, quando é dento-suportada, isto é, quando existem dentes naturais nos dois extremos vizinhos ao espaço desdentado, e quando os dentes do arco antagonista são naturais ou próteses fixas.

 

É fácil se adaptar a elas?
Sim, quando ela for bem executada e o portador tiver um mínimo de paciência para a adaptação e acomodação.

 

Deve-se retirar a PPR para dormir?
Não, desde que ela apresente condições de retenção, suporte a estabilidade e não esteja causando nenhum desconforto aos dentes ou aos tecidos gengivais.

 

Quanto dura uma PPR?
Por depender de muitos fatores que fogem controle do dentista, fica difícil fazer tal previsão, mas se conhecem muitos aparelhos com mais de dez anos em uso. Boa indicação, boa execução, cuidados caseiros e revisões periódicas serão fundamentais para conseguir tal longevidade.

 

Fonte: Revista da APCD

Toxina Botulínica

O uso da toxina botulínica vem sendo cada vez mais estudada pela área médica e odontológica. Sua indicação proporciona benefícios estéticos, funcionais e terapêuticos.

 

Pode ser utilizada em tratamento de bruxismo, ranger de dentes, apertamento dos maxilares, sorriso gengival, sorriso invertido, disfunções da Articulação Temporomandibular, atenuação de linhas de expressão facial, dores orofaciais, cefaleias, entre outras.

 

A toxina botulínica é uma proteína/protease produzida por uma bactéria anaróbia chamada Clostridium botulínica. Esse microorganismo produz vários tipos de toxina, sendo que a mais potente é a toxina botulínica tipo A (BTX-A).

 

A toxina age nos terminais nervosos celulares bloqueando a liberação de acetil-colina, e assim diminuindo a ação de contração muscular. Devido a pequena quantidade de toxina injetada e da ação estritamente local, o resultado é de modulação da força de contração e não de paralisia muscular. O resultado final é obtido entre 10 e 14 dias após a aplicação e o efeito e durabilidade do tratamento é de aproximadamente seis meses.

 

Juridicamente, a utilização da toxina botulínica para a odontologia está amparada na resolução do Conselho Profissional nº 176, de 6 de setembro de 2016, permitido aplicação e uso estético e terapêutico por dentistas após a realização de um curso regulamentado.

Odontopediatria e Ortopedia Funcional dos Maxilares

O papel da Odontopediatria e da Ortopedia Funcional dos Maxilares é acompanhar a criança desde o início, realizando orientações quanto à importância do aleitamento materno, alimentação de transição, dieta adequada e cuidados com as estruturas orofaciais (dentes, gengiva, arcadas dentárias, musculatura associada), prevenindo, diagnosticando e tratando as possíveis alterações já na dentição decídua (de leite), evitando o aparecimento de problemas maiores e mais severos na dentição permanente.

 

O regime alimentar atual (alimentos pobres em fibras, industrializados, de textura pastosa, cariogênicos) é o grande responsável pelo quadro de alterações oclusais (de mordida) que encontramos já precocemente nos pacientes infantis (atrofias, desequilíbrios funcionais e de desenvolvimento, apinhamentos dentários). A falta do estímulo mastigatório correto vai acarretar um desequilíbrio no sistema estomatognático que se agrava com a idade, caso não haja nenhuma intervenção.

 

A atuação precoce previne desequilíbrios mastigatórios, assimetrias de desenvolvimento, disfunções articulares (ATM) e problemas periodontais (de gengiva), diminuindo ou simplificando a necessidade futura de uso de aparelhos ortodônticos.

 

O conhecimento e aplicação dos conceitos da Ortopedia Funcional dos Maxilares visa melhorar a função mastigatória, fundamental para o desenvolvimento de uma dentição saudável e equilibrada, contribuindo para o correto desenvolvimento do sistema respiratório, fala, deglutição e fortalecimento da musculatura da cabeça e pescoço.

 

A resposta ao tratamento na primeira etapa da vida (bebê ao adolescente) é bastante gratificante, pois a criança está em constante crescimento e desenvolvimento, apresentando estruturas mais maleáveis, simples de corrigir, evitando que alterações funcionais iniciais tornem-se esqueléticas no adulto.

Exemplo de um caso de sobremordida em dentes de leite ( dentição decídua ) Observar as diferenças no antes e depois do tratamento.

Trocas de restaurações

Situações de emergência envolvendo a boca e os dentes quase sempre se transformam em experiências dramáticas para pais e crianças. As estatísticas mostram que cerca de 14% das crianças e adolescentes passam, de alguma forma, por essas situações de emergência.

 

Por isso, é importante estar preparado para se ter a atitude correta num momento desses.

 

Apresentaremos, assim, os traumatismos mais comuns e qual a melhor atitude que deve ser tomada em tais circunstâncias.

 

Cortes e sangramentos
Quando uma criança sofre um traumatismo que provoca corte ou sangramento, deve-se colocar no lugar, sobre o ferimento, uma compressa de gaze ou pano limpo e pressionar bem, para que o sangramento seja controlado. Muitas vezes, é necessário suturar o ferimento, para que a cicatrização se processe de maneira adequada, e, tão logo seja possível, deve-se consultar um dentista.

 

Os primeiros passos de uma criança
Os acidentes mais comuns que ocorrem na dentição de leite são os que envolvem bebês e crianças que estão aprendendo a andar.

 

0 dente amolece em seu alvéolo ou é deslocado de sua posição original, podendo se deslocar para dentro do alvéolo (intruir) ou descer, dificultando o fechamento da boca.

 

0 dentista deve ser consultado, para que a extensão do dano seja avaliada. Muitas vezes, esse dano é maior do que aparenta ser.

 

Freqüentemente, é preciso radiografar o dente e observar por um período determinado. 0 dentista deve também orientar os pais sobre os cuidados a serem tomados na área afetada, assim como sobre futuros problemas que poderão comprometer a dentição permanente.

 

Mudança de cor do dente que sofre traumatismo
É comum ocorrer, após 2 ou 3 dias do acidente, uma mudança de cor, um escurecimento da coroa do dente. Essa mudança pode se perpetuar; nesses casos, quase sempre há perda de vitalidade do dente, e um tratamento de canal se faz necessário.

 

Nos dentes de leite, nem sempre uma mudança de cor da coroa significa perda da vitalidade e, em muitos casos, a cor poderá retornar, ao seu normal. 0 dentista deve ser consultado, para ser feito o acompanhamento.

 

Dente fraturado
É comum a fratura de um ou mais dentes em conseqüência de um traumatismo. Além disso, muitas vezes, pode ocorrer que o nervo do dente se danifique.

 

Deve-se sempre consultar o dentista, para que ele possa avaliar a extensão do dano, tratar a fratura e prevenir eventualmente problemas da vitalidade futura do dente.

 

A melhor maneira de se evitarem fraturas nos dentes é prevenilas; assim, no caso de esportes, como andar de bicicleta, andar de “Skate”, basquete, vôlei, jogos de futebol ou “rugby” e outros esportes coletivos, é importante o uso de protetores bucais.

 

Converse com o seu dentista a respeito.

 

Perda total de um dente
Em certas circunstâncias, como impactos horizontais, é comum acontecer um deslocamento total do dente.

 

É essencial que determinadas condutas sejam adotadas imediatamente, para que se aumentem as chances de salvar esse dente.

 

Se o dente for de leite, a colocação deste de volta em seu lugar não é indicada; a probabilidade de sucesso é mínima.

 

No caso do dente permanente, o reimplante é indicado.

 

Para que se obtenha sucesso no reimplante, é necessário:

  • Manter a calma e fazer a criança morder uma gaze ou um pano limpo, com pressão para que se possa controlar o sangramento.
  • Ache o dente.
  • Pegue o dente somente pela coroa. Não toque na raiz.
  • Resíduos devem ser cuidadosamente retirados do dente com soro fisiológico ou leite morno. Não esfregue o dente.
  • Coloque o dente de volta no seu lugar (no alvéolo) na boca da criança. Não se esqueça: a parte côncava do dente é do lado de dentro da boca. Faça a criança morder uma gaze ou um pano limpo, para que o dente se mantenha na posição. Procure imediatamente um dentista.
  • Se você não conseguir colocar o dente em sua posição, mantenha-o em uma solução de soro fisiológico ou em leite morno ou mesmo na boca da criança (debaixo da língua) e procure imediatamente um dentista. 0 resultado final de um reimplante depende muito do período que o dente ficar fora do alvéolo e da conservação do mesmo nesse período. 0 dente deverá ficar fora de seu alvéolo o menor tempo possível.

0 dente reimplantado deverá ser “fixado” pelo dentista em sua posição e ter o seu canal tratado; mesmo assim, com o decorrer do tempo, haverá uma diminuição do tamanho de sua raiz. 0 tempo médio da permanência de um dente reimplantado na boca é de 1 até 5 anos; muitas vezes, esse tempo é o necessário para que a oclusão se defina e novas condutas possam ser tomadas.

 

Fonte: Revista da APCD

Tratamento Ortodôntico

0 que é Ortodontia?
Ortodontia é a especialidade da Odontologia que estuda o crescimento e desenvolvimento da face, bem como o desenvolvimento das dentições de alter dentições decídua (de leite), mista e permanente e seus desvios de normalidade, prevenindo, interceptando e corrigindo as más oclusões Sim. Hoje e dentárias.

 

Em que idade deve ser realizada a primeira consulta ao ortodontista?
Apesar de não existir idade mínima para realizar a primeira consulta ao ortodorítista, a época mais oportuna para se procurar um ortodontista é no começo da troca dos dentes de leite pelos dentes permanentes, ou seja, no início da dentição mista.

 

0 clínico geral poderá fazer essa avaliação inicial e encaminhar o paciente se necessário?
Sim. 0 clínico geral ou o odontopediatra (dentista responsável pelo tratamento em crianças) normalmente estão preparados para detectar alguma alteração da normalidade e encaminhar para uma avaliação ao ortodontista.

 

Quais os tipos de correções realizadas?
0 ortodontista, atualmente, inicia seu tratamento com condutas mais simples, como a manutenção de espaços nos casos de perda prematura de dentes, corrigindo até casos mais complexos, como os tratamentos ortodômicos associados ao aumento ou diminuição cirúrgica dos maxilares.

 

Quando da necessidade de tratamento, quais os benefícios além da estética?
A função principal do tratamento ortodôntico é restabelecer a oclusão dentária (perfeito engrenamento dos dentes superiores e inferiores), que é fundamental para a correta mastigação e, conseqüentemente, adequada nutrição e saúde bucal. Com o restabelecimento da oclusão, evitam-se problemas de respiração, deglutição, fala e da articulação tempororriandibular.

 

O paciente adulto poderá se submeter ao tratamento?
Sim. Não existe idade máxima para a realização de tratamento ortodôntico, embora no paciente adulto alguns cuidados especiais devam ser tomados, principalmente em relação aos tecidos de suporte dos dentes, que podem chegar a contra-indicar o tratamento. Este pode ser mais lento e limitado, devido a falta de crescimento, problemas periodoritais, perdas de elementos dentários e maior comprometimento das estruturas dentárias devido a próteses ou restaurações extensas.

 

Quais são os tipos de aparelhos?
Os aparelhos podem ser divididos em dois grupos: o fixo e o removível. 0 aparelhos fixos são unidos aos dentes através de uma substância adesiva ou cimento; são compostos por bráquetes (metálicos, plásticos ou cerâmicos), tubos e anéis, que suportam o arco metálico responsável pela movimentação dentária. Permitem maior movimentação dos dentes e independem da colaboração do paciente.
Já os aparelhos removíveis são encaixados na boca, podendo ser retirados pelo paciente ou pelo ortodontista, e dependem da colaboração do paciente. Podem ser ortodônticos, os quais realizam pequenas movimentações dentárias, ou ortopédicos, utilizados nas correções esqueléticas (ósseas).

 

Existe aparelho estético?
Sim, hoje em dia, existem aparelhos como os de cerâmica, que são bastante estéticos, em que as peças de suporte se confundem com a colaboração do dente.

 

Quanto tempo demora em média o tratamento?
É difícil de se prever o tempo de um tratamento ortodôntico, pois este depende de vários fatores, como respostas biológicas individuais, tipo de má oclusão, tipo de aparelho utilizado e colaboração do paciente. Um tempo médio é de vinte e quatro a trinta meses de tratamento ativo.

 

É dolorido?
0 tratamento ortodôntico, no início, causa uma certa sensibilidade, principalmente na fase de colocação do aparelho. Após essa fase, existirá algum desconforto para o paciente cerca de 24 a 48 horas após os ajustes praticados pelo ortodontista.

 

Existe algum risco no tratamento?
Quando o tratamento é bem planejado e executado por profissional qualificado, não existem riscos maiores ao paciente, desde que este siga todas as instruções dadas, principalmente no aspecto de higiene bucal, pois os detritos podem causar problemas gengivais, periodontais, manchas brancas ou, mesmo, cáries dentárias.

 

Se os pais possuem má posição dos dentes, o mesmo pode ocorrer com os filhos?
Sim. Apesar de o problema genético ser um dos fatores do aparecimento da má oclusão nos filhos, outros fatores podem levar a tratamento ortodôntico, como respiração bucal, sucção prolongada de dedo ou chupeta, deglutição atípica e anomalias dentais.

 

É necessário extrair dentes permanentes?
Em muitos casos, a extração de dentes permanentes se faz necessária, principalmente naqueles em que há falta de espaço para a acomodação de todos os dentes no arco. 0 resultado deve ser um perfil harmonioso, agradável, com lábios contactados, sem esforço muscular e perfeita harmonia dentária. Quando bem indicadas, as extrações não trazem prejuízo algum ao paciente.

 

Existe a possibilidade de os dentes retornarem à posição original?
À posição original, não. Podem ocorrer pequenas acomodações pós-tratamento, que podem estar ligadas ao crescimento e às alterações funcionais. Essa tendência é normalmente bem controlada e minimizada através de um bom planejamento, de perfeita execução da técnica ortodôntica, bem como da utilização correta dos aparelhos de contenção.

 

Fonte: Revista da APCD

Selantes de Fóssulas e Fissuras

A Amamentação e a Odontologia

A amamentação tem sido incentivada por ser o leite materno não só o alimento mais completo e digestivo para crianças de até um ano de idade, como também por ter ação imunizante, protegendo-as de diversas doenças. Crianças aleitadas ao peito têm melhor desenvolvimento mental e maior equilíbrio emocional.
A amamentação é gratificante para a mãe e interfere beneficamente na saúde da mulher, por exemplo, diminuindo a probabilidade de câncer de mama, ajudando na involução do útero e na depressão pós-parto.
Hoje, diz-se que o leite materno é ecologicamente correto, pois não consome recursos naturais em sua produção e não gera lixo, como ocorre com os leites artificiais, além de ser mais barato.
Porém, poucos sabem que a amamentação tem reflexos futuros na fala, respiração e dentição da criança.

 

Um exercício muito importante: Quando a criança é amamentada, está não só sendo alimentada, como também fazendo um exercício físico dieta importante para desenvolver sua ossatura e musculatura bucal. Ao nascer, o bebê tem o maxilar inferior muito pequeno, que irá alcançar equilíbrio no tamanho em relação ao maxilar superior tendo seu crescimento estimulado pela sucção do peito.

 

Toda a musculatura bucal é desenvolvida, músculos externos e internos, que, solicitados, desenvolvem os ossos.

 

Mamar no peito não é fácil, daí o bebê ficar bastante transpirado.

Esse exercício é o responsável inicial no crescimento harmonioso da face e dentição. Usando mamadeira, esse exercício é quase inexistente, e a preferência do nenê pela mamadeira vem da facilidade com a qual ele ganha o leite, principalmente quando este flui por um furo generoso no bico. Para exercitar-se com maior eficiência, a posição durante a mamada é importante: a criança deverá ficar o mais verticalizada, o que também facilita a deglutição do leite.

 

Uma atitude na tentativa de evitar apinhamento dental (dentes “encavalados’)

Maxilares melhor desenvolvidos propiciarão um melhor alinhamento da dentição, diminuindo a necessidade futura do uso de aparelhos ortodônticos. Músculos firmes ajudarão na fala. Durante a amamentação, aprende-se respirar corretamente pelo nariz, evitando amigdalites, pneumonias, entre outras doenças. Quando a criança respira pela boca, os dentes ressecados ficam mais expostos à cárie e as gengivas ficam inflamadas, os maxilares tendem a sofrer deformações e os dentes, a ficar “encavalados”, aumentando também o processo de cárie.

 

A amamentação prepara o bebê para a mastigação

A mamadeira costuma tomar-se uma companheira para a criança ao longo de anos, habituando-a a uma dieta mole e adocicada, que aumenta o risco de cáries (cárie de mamadeira); a criança tende a recusar alimentos que requeiram mastigação. Depois da amamentação, a mastigação correta continuará a tarefa de exercitar ossos e músculos. A amamentação prepara a criança para a mastigação. Muitas mães reclamam que seus filhos, já crescidos, não mastigam corretamente e recusam verduras e frutas, apreciando apenas doces e iogurtes. Esquecem-se essas mães de que o que os habituou a essa foi o uso prolongado da mamadeira. Mastigação incorreta pode levar também a problemas de obesidade e de estômago.

 

Evitando hábitos prejudiciais

Atrelada à mamadeira, vem a chupeta, que também é usada normalmente por muito tempo, e o hábito de chupar o dedo, afetando o posicionamento dos dentes e trazendo também conseqüências danosas à fala e à respiração.

 

Abandonando a mamadeira

A partir dos quatro meses, quando a mãe lentamente começar a introduzir outros alimentos (desmame), deverá fazê-lo usando apenas copos e colheres, evitando o uso de mamadeira ou “chuquinha”.

 

Prevenindo a cárie

A primeira consulta odontológica de uma criança deveria ser antes do nascimento de seu primeiro dentinho; nesse primeiro encontro, o odontopediatra orientaria a respeito da higienização, dieta e com proceder quando os dentes começarem a irromper e a incomodar o bebê. Entre outras coisas, aconselharia os pais a acosturnarem-se a levar seus bebês ao dentista, assim como os levam ao pediatra, no sentido de se poder acompanhar de perto o desenvolvimento destes na tentativa da erradicação da doença cárie.

 

Fonte: Revista da APCD

Apicetomia

0 que é apicetomia? É uma cirurgia que tem por finalidade a remoção da lesão que se forma no ápice (ponta da raiz do dente). Existem dois tipos básicos de cirurgia: uma que apenas remove a lesão através de curetagem e outra que, além disso, remove o ápice da raiz.

 

Por que ocorre essa lesão na ponta da raiz?
Nessa região da raiz, existe um orifício pelo qual passam vasos e nervos que vão nutrir a polpa dentária. Quando a polpa está infectada, a região do ápice também poderá estar infectada e aí se forma um processo inflamatório.

 

Como isso e resolvido?
Normalmente, apenas a remoção da polpa dentária e a desinfecção do canal (tratamento de canal) são suficientes para promover a cura.

 

Então, por que é necessário realizar a cirurgia?
Porque nem sempre só com o tratamento consegue-se a eliminação da lesão no ápice da raiz.

 

Essa lesão causa dor?
Nem sempre. Muitas vezes, ela é assintomática, de desenvolvimento gradual e lento, provocando destruição óssea da região. Na maioria das vezes, apenas com a radiografia essa lesão poderá ser percebida.

 

Não há outros recursos? Tomar antibióticos resolve?
A prescrição de antibióticos em determinadas circunstâncias é um bom auxiliar; porém, a intervenção cirúrgica é necessária para a cura completa. Através dela, removem-se tecidos contaminados que estão fora do alcance das medicações.

 

0 problema estará resolvido definitivamente com essa cirurgia?
Dificilmente ocorrerá recidiva do processo. Esse fato é mais freqüente quando apenas se faz a curetagern sem a remoção da ponta da raiz. Aconselha-se controle radiográfico periódico.

 

0 dente ficará menos resistente a forças mastigatórias?
Não. Ficará menos resistente, certamente, se a lesão progredisse em volta da raiz, por falta de tratamento.

 

Poderá ser realiza da em qualquer tipo de dente?
0 acesso é mais fácil nos dentes anteriores superiores. Dependendo da anatomia e das condições locais, é possível que essa cirurgia seja realizada em outros dentes.

 

É uma cirurgia complicada?
Não é uma cirurgia complicada, pois não existe grande manipulação dos tecidos.

 

0 que se sente nas horas seguintes à cirurgia?
Normalmente, o pós-operatório é indolor ou provoca um desconforto mínimo, o que se resolve com analgésicos.

 

Fonte: Revista da APCD

ATM

O que é ATM? ATM é a abreviatura de Articulação Temporo Mandibular. Está localizada logo à frente do ouvido e é responsável pelos movimentos executados pela mandíbula.O principal sinal de uma alteração na ATM é o estalido (clique), normalmente acompanhado de dor de cabeça, face, pescoço, olhos e dentes. Mas é importante destacar que a ausência de dor não é sinal de normalidade. O estalido, por si só, já traduz problemas na ATM.

 

Quais as principais causas dos problemas de ATM? Toda e qualquer doença necessita de mais de um fator para a sua ocorrência. No caso da Disfunção da ATM (também conhecida como DTM, que significa disfunção temporo mandibular), acredita-se que o fator principal seja a maloclusão (relacionamento inadequado entre os dentes da maxilae mandíbula). O estresse do dia a dia, os hábitos parafuncionais (bruxismo, por exemplo) e algumas doenças sistêmicas ou hormonais são capazes de contribuir, modificar ou perpetuar o seu aparecimento.

 

Por que acontece o estalido (clique) na ATM? Entre as faces articulares dos ossos que compõem a ATM (osso temporal e côndilo da mandíbula), existe uma estrutura cartilaginosa chamada disco articular, cujas principais funções são amortecer e amoldar as superfícies ósseas incongruentes da articulação, evitando traumas e desgastes prematuros.Quando o disco articular se desloca de sua posição fisiológica, acontece esse estalido, notado nos movimentos mandibulares, tais como: falar, mastigar, cantar, bocejar etc.

 

Por que o problema de ATM pode causar dor de cabeça? As dores de cabeça provenientes das Disfunções de ATM (DTM) em geral não são propriamente de cabeça. Na verdade, são dores nos músculos que envolvem a cabeça. Posições posturais viciosas, relacionamento dental inadequado, apertamento e/ou ranger de dentes, associados ao estresse, normalmente culminam em quadros crônicos de dores nos músculos da face, da cabeça e do pescoço.

 

E por que o problema de ATM pode causar dor de ouvido? A proximidade entre a ATM e o ouvido pode confundir o paciente sobre o local de origem da dor. Na realidade, a dor de ouvido é diferente da dor de ATM. Como diagnóstico diferencial, as disfunções da ATM não manifestam febre, não eliminam secreção pelos ouvidos e não são acompanhadas por quadros infecciosos das vias aéreas superiores.

 

Existe relação entre dentes e ATM? Sim. O “encaixe dental” (oclusão) é responsável pela posição do côndilo (cabeça da mandíbula) dentro da articulação. Colocar os dentes mais para a frente, para trás ou para os lados traz consequências para a ATM. O ideal é que o encaixe dos dentes tenha um relacionamento adequado, para manter o côndilo e o disco articular harmônicos e bem posicionados entre si, a fim de que a articulação seja saudável.

 

E qual é o tratamento indicado? De maneira geral e inicialmente, tentamos promover um encaixe dental que permita um bom relacionamento entre as estruturas da ATM e remover os fatores que possam estar associados ao problema. Para essa solução, podemos lançar mão do uso de aparelhos ortodônticos e/ou placas de mordida. Nos casos mais graves, a intervenção pode ser por meio de infiltrações na articulação ou até mesmo um procedimento cirúrgico chamado artroplastia.

 

É bom salientar que, o não tratamento, pode proporcionar uma evolução da DTM (Disfuncão da ATM) que quase sempre é progressiva. Por isso, o ideal é o tratamento precoce, que certamente proporcionará melhores soluções e resultados.

Prof. Dr. Francisco Octávio Teixeira Pacca

Cirurgião Bucomaxilofacial e Estomatologista

Cisto de boca

CISTO DE BOCA (CISTO BUCAL)

O que é? Como aparece? Como trata o cisto de boca?

Os cistos são entidades patológicas que apresentam uma secreção líquida ou pastosa em seu interior, essas lesões são semprte revestidas de tecido epitelial na sua intimidade. Eles podem ser encontrados em várias regiões do corpo e suas formações são diversas. Quando essas formações têm origem na lâmina dentária, elas são denominadas cistos odontogênicos, enquanto os outros cistos são denominados não-odontogênicos.

 

COMO APARECEM OS CISTOS DE BOCA ODONTOGÊNICOS?

Essas lesões podem ser o resultado de uma proliferação de restos de tecidos epiteliais que foram responsáveis pela formação dos dentes. Esses restos, quando mal absorvidos pelo organismo, podem se proliferar de maneira patológica e formar cistos na região, mas esses tecidos sozinhos não são capazes de explicar o desenvolvimento dessas lesões: é preciso associar a presença dos remanescentes epiteliais a um agente traumático na região para que a proliferação seja desenvolvida.

 

QUAIS SÃO OS TIPOS DE CISTOS DE BOCA ODONTOGÊNICOS?

Os cistos odontogênicos podem ser classificados de diversas maneiras, já que podem apresentar etiologia e caraterísticas diferentes, de acordo com a região ou com a faixa etária dos pacientes. A literatura científica, classifica os cistos odontogênicos em oito grandes grupos:

 

CISTO DA LÂMINA DENTÁRIA

Esse cisto de boca é também denominado cisto do recém-nascido, já que 80% dos casos aparecem nessa faixa etária. Eles se caracterizam por pequenos nódulos de coloração esbranquiçada, geralmente localizados nos alvéolos dos maxilares. Sua origem se dá pela proliferação de algumas células da lâmina dentária, que se queratinizam e formam os cistos.

 

CISTO PRIMORDIAL (QUERATOCISTO)

O queratocisto é uma formação geralmente assintomática. Quando cresce muito, pode começar a incomodar e gerar um pouco de dor na região. Sua frequência é mais comum próximo a região do terceiro molar, mas pode surgir também em outras partes do complexo maxilo-mandibular. É uma lesão mais comum em homens entre os 20 e 30 anos.

 

CISTO DENTÍGERO

Esse é um cisto mais frequente em adolescentes e jovens adultos. A lesão geralmente surge na coroa de um dente (os terceiros molares em maior incidência) e está relacionada com dentes já formados, sendo praticamente inexistente em dentes de leite. Seu crescimento é lento e assintomático, o que pode gerar grandes perdas ósseas e o deslocamento de outros dentes na arcada. O surgimento está provavelmente relacionado a uma alteração no tecido epitelial do esmalte após a formação completa do dente.

 

CISTO DE ERUPÇÃO

Esse tipo de cisto é uma variação do cisto dentígero, porém associado a dentes de leite ou permanentes que estejam passando por um processo de erupção. Essa lesão, geralmente, se localiza entre o epitélio reduzido do esmalte e da coroa do dente, e tem característica hemorrágica, deixando a região gengival com coloração roxa ou azulada.

 

CISTO PERIAPICAL

O cisto periapical é de longe, o mais comuns dos maxilares. Ele surge de um granuloma periapical preexistente, o qual constitui um foco cronicamente inflamado, intraósseo no ápice de um dente sem vitalidade. O granuloma periapical inicia-se e mantém-se pela degeneração de produtos necróticos do tecido pulpar. Na grande maioria das vezes o cisto periapical é assintomático e frequentemente são descobertos durante exames radiográficos de rotina..

 

CISTO PERIODONTAL LATERAL

O cisto periodontal lateral é definido como um cisto de desenvolvimento não inflamatório, não queratinizado, ocorrendo adjacente e lateralmente à raiz de um dente.. Acredita-se que a origem desse cisto se relacione à proliferação dos restos da lâmina dentâria. Os locais mais frequentes são as regiões de pré-molar e canino inferior e ocasionalmente em incisivos. Na maxila, as lesões são notadas principalmente em incisivos laterais. Existe segundo a literatura, uma predileção pelo sexo masculino em proporção de 2:1 em relação ao sexo feminino, surgem por volta dos 40 anos e geralmente são , assintomáticos.

 

CISTO ODONTOGÊNICO CALCIFICANTE

O cisto calcificante é considerado uma lesão extremamente rara, já que sua frequência de aparecimento não chega a 1% dos casos. Ao contrário dos outros cistos, o calcificante apresenta características neoplásicas e é tratado por especialistas da área como uma amostra de tumor odontogênico. Ele atinge, geralmente, a região anterior da arcada, e sua manifestação clínica é caracterizada pelo crescimento constante, porém sem sintoma. Seus picos de surgimento podem acontecer na faixa dos 20 ou dos 50 anos, com menor risco na faixa etária situada entre essas duas idades e sem predileção por algum dos sexos. Devido à sua caracterísrica neoplásica, muitos profissionais acreditam que ele pode influenciar a alteração de tecidos dentários e gengivais, aumentando o risco de desenvolvimento de tumores.

 

TRATAMENTO DO CISTO DE BOCA

O tratamento para os diversos casos do cisto de boca se baseiam em remoção cirúrgica e análise anatomo-patológica da lesão. Este procedimento, na dependência do tamanho e da região, pode ser feito em ambiente de consultório com anestesia local ou eventualmente sob anestesia geral em centro cirúrgico hospitalar. É importante salientar que estes procedimentos de diagnóstico e tratamento dos cistos bucais, são feitos por profissionais especialistas em Estomatologia e/ou especialistas em Cirurgia Bucomaxilofacial.

 

PROGNÓSTICO APÓS O TRATAMENTO

São poucos os casos de cistos de boca que quando removidos, reaparecem nas mesmas regiões bucais, entretanto, pode ser interessante manter o acompanhamento anual de pacientes que apresentaram essas alterações..

 

Quais são os casos mais comuns de cisto de boca avaliados no seu consultório? Você ainda tem alguma dúvida ou comentário sobre as manifestações dessas lesões bucais? Participe da discussão através dos comentários!

Coroa para Dentes Anteriores

O que é coroa?
É o nome que se dá a uma prótese que visa substituir a coroa de um dente natural que foi prejudicada em sua estrutura e em sua beleza.

 

É necessário afinar (desgastar) o dente para confeccionar uma coroa?
Sim. Somente dessa maneira se obtém espaço suficiente para a confecção de uma coroa semelhante à forma e ao tamanho de um dente natural.

 

Quais os tipos de materiais utilizados?
Resina acrílica e porcelanas. Para dar maior resistência, pode-se utilizar estruturas internas de metal (ligas de ouro ou ligas alternativas).

 

Qual a diferença entre resina e porcelana?
A resina é um material de manuseio mais simples que a porcelana. Apresenta um maior desgaste e, com o tempo, a alteração da cor também é maior. A porcelana apresenta maior dureza e estabilidade de cor e supre melhor o quesito estético.

 

Há riscos de fraturas?
A coroa artificial, quando bem executada, corre os mesmos riscos que os dos dentes naturais, estando exposta aos mesmos acidentes. Os cuidados devem ser iguais aos tomados com os dentes naturais.

 

E necessário tratar o canal de um dente que irá receber uma coroa?
Sempre que possível, deve-se evitar o tratamento de canal. Isso, em algumas situações, é necessário para que, dentro do canal tratado, seja instalado um pino metálico, a fim de aumentar a resistência do dente e para reter a coroa artificial.

 

Enquanto a prótese é confeccionada no laboratório, o que se usa sobre o dente desgastado?
Coroas provisórias de acrílico, que são executadas imediatamente e colocadas sobre o dente desgastado, suprindo as necessidades estéticas e funcionais. Essa coroa, de pois, será removida e substituída pela chamada “definitiva”.

 

Como a coroa é fixada ao dente?
0 próprio encaixe sobre o dente desgastado já é uma forma de retenção, que será melhorada com agentes cimentantes específicos que, além de aumentarem a retenção, irão promover o vedamento.

 

Qual o motivo do escure cimento próximo à gengiva?
Muitas vezes, esse escurecimento é causado pela transparência dos tecidos gengivais que, por serem finos, mostram a sombra de uma raiz escurecida. Outras vezes, é a cinta de metal que, por falha técnica, ficou visíbem executada, corre os um afastamento gengival expondo a área da emenda entre a coroa artificial e o dente.

 

Quanto tempo dura uma coroa?
A durabilidade dependerá, por parte do profissional, da acertada indicação, execução e escolha do material e, principalmente, por parte do paciente, através dos cuidados com a higienização e a utilização dessa prótese. Não existem prazos definidos de longevidade, por esta depender de inúmeros fatores.

Dentes do Siso

Existem quantos dentes do siso?
Existem quatro dentes do siso: dois superiores, sendo um direito e um esquerdo, e dois inferiores, também direito e esquerdo. Há pessoas que podem não apresentar algum deles ou todos.

 

Em que idade normalmente os dentes do siso erupcionam (nascem)?
Normalmente os dentes do siso erupcionam dos 17 aos 20 anos, portanto, são os últimos dentes da dentição a erupcionar.

 

Todo mundo tem o dente do siso?
Não, nem todo mundo tem os dentes de siso. Chamamos essa situação de agenesia do terceiro molar.

 

Por que, às vezes, os dentes do siso não erupcionam?
Às vezes, eles não erupcionam por falta de espaço na arcada dental, outras vezes pela posição errada do germe dentário.

 

O que acontece se o dente do siso ficar dentro do osso (não erupcionar)?
Caso o dente do siso não erupcione, pode acontecer de produzir reabsorções radiculares de dentes vizinhos, causando transtornos dolorosos ao paciente. Existem casos também que inclusão dental, pode ocasionar o aparecimento de uma lesão cística.

 

O que acontece se o dente do siso erupcionar parcialmente?
A erupção parcial do dente do siso ocorre geralmente por falta de espaço na arcada ou pela posição horizontal do dente. Esse quadro pode provocar gengivites (inflamação da gengiva), abscessos na região, irritação local, dor e edema.

 

É verdade que o dente do siso empurra os outros dentes, provocando mudanças de posição?
Na maioria das vezes isso não ocorre, mas não se pode descartar essa possibilidade.

 

Quando a gengiva do dente do siso que está erupcionando inflama, o que fazer?
Deve ser feita a remoção do tampão gengival que cobre parcialmente a superfície dental (ulectomia) ou a curetagem gengival, ambos realizados pelo cirurgião- dentista. Para melhorar esse quadro inflamatório, o paciente deve realizar higiene oral rigorosa no local (bochechos com antissépticos bucais podem amenizar o quadro.

 

Quando é indicada a extração do dente do siso?
A extração do dente do siso está indicada na ausência de espaço para a erupção, no posicionamento horizontal do siso, nos quadros de dor e quando se inicia a erupção e esta não se completa, ou seja, quando ocorre a erupção parcial do dente do siso. É importante informar, que quando se faz a extração de um dente do siso, provavelmente terá que ser feita a extração do seu antagonista, isto é, do superior e do inferior, para que não ocorra um desnivelamento ou desalinhamento da arcada.

 

Prof. Dr. Francisco Octávio Teixeira Pacca
Cirurgião Bucomaxilofacial e Estomatologistap

Dor Orofacial

O que é dor orofacial? Que profissional trata esse problema?
A dor orofacial é uma condição de dor associada a região da cabeça, face, pescoço e estruturas da cavidade oral. Incluem-se, entre outras, as dores de cabeça, dores com origem no sistema nervoso, dores de origem odontológica, dores psicogênicas (relacionadas com fatores psicológicos) e dores por doenças graves, como tumores, etc. Atualmente, já existe a subespecialidade da Odontologia, responsável pelo diagnóstico das dores orofaciais. O tratamento, algumas vezes, deve ser realizado por uma equipe multiprofissional: dentistas, médicos, fisioterapeutas e psicólogos, pois essa condição deve ser abordada com uma visão do paciente como um todo, não se tratando apenas a dor no momento em que o indivíduo a está sentindo.

 

Quais as dores mais comuns na região da face?
As dores de origem dentária continuam sendo as mais comuns na população em geral, mas levantamentos sobre atendimentos de pacientes que apresentam disfunções da articulação temporomandibular (ATM), demonstram que a dor está presente em 97% dos casos. Outra situação que vem sendo cada vez mais observada são as neuralgias e neuropatias (dores de origem neurológica).

 

Quais as dores na face que não estão associadas com os dentes?
Existem várias dores que se refletem (denominadas “dores referidas”) na face e não têm origem dentária, como as dores por otite e sinusite, dores na articulação, dores musculares nas costas, no pescoço e nos músculos da mastigação, dores nos nervos faciais, como as neuralgias, dores causadas por infecções e ulcerações da mucosa bucal, dores com origem nos olhos, glândulas salivares, lacrimais e mucosa nasal e a dor relacionada com a síndrome de ardência bucal (dor crônica e “queimação” em toda a boca, sem que existam lesões na mucosa).

 

Meu dentista disse que tenho disfunção da ATM, pois sinto dores e desconforto ao abrir a boca. O que isso significa?
A disfunção da ATM é uma anormalidade da articulação temporomandibular e/ou dos músculos responsáveis pela mastigação. Na verdade, a disfunção da ATM é um subgrupo das dores orofaciais. Deve ser feito um minucioso exame clínico e questionário para se obter um correto diagnóstico, pois muitas vezes as disfunções da ATM podem ser confundidas com outras condições dolorosas, como dores de origem dentária e infecções bucais.

 

Quem tem um estalido na articulação terá também dor com o passar do tempo? E quem tem bruxismo (ranger de dentes)?
O estalido na ATM pode permanecer por algum tempo e até desaparecer, o que ocorre mais comumente em crianças e jovens ou pode evoluir para o travamento da mandíbula, com eventual aparecimento de dor. Afirmar que todo estalido será seguido de dor em alguma fase da vida não seria correto, pois há indivíduos que têm estalido por muito tempo sem ter dor. Quanto às pessoas que têm bruxismo, muitas não desenvolvem dor. Existem estudos que sugerem que, se o indivíduo tem predisposição para disfunção temporomandibular, rangendo os dentes, as chances de a dor aparecer são maiores.

 

Por que, quando estou mais ansioso e estressado, sinto dores ao mastigar, ao falar e até ao acordar?
O estresse e a ansiedade geram a descarga em nosso corpo de substâncias que atuam como estimulantes para tensão muscular, ativação do sistema nervoso e do sistema de secreção (endócrino), o que leva o indivíduo a ter certas reações que, em períodos de relaxamento, ele não vivencia. O apertamento dos dentes é muito comum nessa condição de estresse e é uma das causas mais frequentes de dores musculares na face e na articulação.

 

As dores de cabeça podem estar relacionadas com problemas da articulação ou de origem dentária?
As dores de cabeça podem ter origem nos dentes, nos músculos e na articulação. Quando a origem é dentária, a dor de cabeça é difusa e o paciente relata o envolvimento dos dentes. A dor de cabeça pode ter origem em músculos da face ou nas articulações e ser uma dor referida também aguda, com limitação da abertura de boca e dor durante a mastigação e fala.

 

Existe a possibilidade de a dor de um dente permanecer mesmo após a sua extração?
Existe um tipo de dor cuja origem se encontra em estruturas do sistema nervoso e que passa por dor dentária, quando, na verdade, a origem da dor não é o dente, apesar de a sensação dolorosa estar nele. O indivíduo tem “certeza” de que um determinado dente ou região dói e pede para o dentista tratar os dentes dessa região ou até extraí-los. Na verdade, o que ocorre é uma dor referida para o elemento dentário. Quando o dente é removido, a dor não desaparece, pois o real agente causador não era o dente, e sim outras estruturas que referiam a dor.

 

Dr. Francisco Pacca – Cirurgião Bucomaxilofacial
Fonte: Bianchini, C. M., “Dores Orofaciais”, revista da APCD.

Estomatologia

Estomatologia é uma especialidade da odontologia que tem como finalidade prevenir, diagnosticar e tratar as doenças que se manifestam na cavidade da boca e no complexo maxilomandibular. Também é atribuição do estomatologista estar atento para o diagnóstico de doenças sistêmicas, que possam apresentar manifestação na boca ou exercer alguma influência ou interação negativa com o tratamento odontológico.

 

Estomatologia é uma palavra derivada do grego “estoma”, que significa “boca”, portanto seu significado é estudo da boca. O cirurgião dentista especialista em estomatologia é o profissional que previne, diagnostica e trata as enfermidades relacionadas com a boca e de todo aparelho estomatognático, que é constituído pelos lábios, dentes, mucosa oral, glândulas salivares, tonsilas palatinas e faríngeas e demais estruturas da orofaringe. É o estomatologista que está apto a diagnosticar lesões dentro e fora da cavidade bucal, podendo tratá-las ou encaminhá-las a outras especialidades cirúrgicas e médicas.

 

Diferentemente de vários países da Europa, da América do Sul ou mesmo dos Estados Unidos, onde há muitas décadas a Estomatologia é exercida em sua plenitude, só a partir de 1992 que o Conselho Federal de Odontologia (CFO) reconheceu a importância e a oficializou como uma especialidade da Odontologia, não obstante os esforços dos pioneiros da Estomatologia brasileira e da Sociedade Brasileira de Estomatologia.

 

Este reconhecimento da Estomatologia tardou a ocorrer principalmente devido ao fato de que a Odontologia brasileira, durante muito tempo, concentrou suas atenções quase que exclusivamente no órgão dental esquecendo-se da inter-relação deste com a cavidade da boca e desta com o todo. Como uma especialidade nova e ainda relativamente desconhecida, a Estomatologia não se insinuou no ensino odontológico com a profundidade desejada, para formar odontólogos com uma real visão de medicina bucal. O resultado disto é que grande parte dos pacientes com doenças bucais de diversas nosologias ficam sem atendimento técnico-científico adequado pela falta de profissionais experientes em Estomatologia.

 

Estomatologia como especialidade emergente surge num momento difícil da saúde pública brasileira, não só pela falta de gerenciamento, mas também pela falta de educação para a saúde, saneamento básico, alimentação e muitos outros fatores importantes para a melhoria da qualidade de vida. Apesar de todas as dificuldades, a Estomatologia não pode fugir às suas responsabilidades. Ao contrário, pode e deve atuar de forma incisiva para a melhoria da saúde bucal da população. Uma visão moderna dos profissionais da área médica é a valorização da saúde e não da doença. Neste sentido, o estomatologista deve ter como metas para nortear as suas ações: a prevenção e o diagnóstico precoce das doenças da boca e do complexo maxilomandibular.

 

Prevenir significa antecipar-se a .. chegar antes de..- a promoção da saúde e a proteção específica (prevenção primária) indiscutivelmente são as formas mais efetivas de prevenir os agravos à saúde. Em Estomatologia, a promoção da saúde pode ser conseguida por meio de ações educativas tentando-se mudar valores e comportamento do paciente. Assim, a orientação ao paciente quanto aos malefícios do fumo, álcool, exposição excessiva ao sol, da importância de uma boa higiene e saúde bucal, da integridade dos elementos dentais e aparelhos protéticos, os benefícios da alimentação balanceada, orientações quanto à importância e técnica de autoexame são alguns exemplos que, se levados a efeito, podem evitar o aparecimento de inúmeras doenças. A Estomatologia é a especialidade que têm essas finalidades.

 

Para viabilizar o diagnóstico precoce, é necessário algum esforço do profissional no sentido de criar oportunidades para esse objetivo. Em outras palavras, o profissional, principalmente o estomatologista, ao abordar o seu paciente deve preocupar-se inicialmente em constatar a normalidade. E diante de qualquer alteração, implementar a metodologia clínica necessária para equacionar o diagnóstico. Desta forma, a Estomatologia criará oportunidades para que uma das metas mais importantes na área da saúde seja atingida – o diagnóstico precoce – o que determinará ações terapêuticas mais eficientes e com um menor custo.

 

Resumindo: a Estomatologia é uma especialidade que exige daquele que a ela se dedica um estudo contínuo das bases científicas inerentes a sua atuação, desenvolvimento do raciocínio lógico, senso crítico, além de oferecer uma oportunidade para se cultuar os valores humanísticos que sempre devem ser exaltados na relação profissional-paciente.

 

Prof. Dr. Francisco Pacca e Prof. Dr. Artur Cerri

Flúor

O flúor faz mal à saúde?
Não. O flúor é benéfico, pois reduz a cárie dentária, um grande problema de saúde que afeta mais de 95 % da população. Porém, deve ser ingerido na dosagem correta, para haver a prevenção sem efeitos colaterais.

 

De que maneira o flúor fortalece o dente?
Ele deve estar presente na saliva e, conseqüentemente, banhando os dentes, interferindo nos microrganismos produtores da cárie e alterando os cristais do esmalte, tornando-os mais resistentes ao ataque da cárie.

 

Quais as formas se usar o flúor?
O flúor pode ser ingerido através da água de abastecimento público e do sal de cozinha e pode ser adicionado ao leite (geralmente em programas alimentares em escola) sob a forma de comprimidos ou gotas. Essas formas são chamadas de “sistêmicas”, porque têm um metabolismo próprio no corpo humano. 0 flúor pode ser usado localmente nos dentes dução por meio de cremes dentais (pastas de dente), bochechos, aplicações tópicas realizadas por dentistas ou auxiliares ou, ainda, por vernizes fluoretados.

 

Deve-se tomar flúor na gravidez para benefício da criança?
Não se deve tomar flúor na gravidez, pois se a mãe recebe normalmente o flúor sistêmico, através da água, por exemplo, uma pequena parte do flúor chega até o feto. Por outro lado, se a gestante não receber flúor sistêmico e começar a tomá-lo na gravidez, serão necessários cerca de 6 meses para haver embebição e saturação do flúor no corpo da mãe, para depois chegar ao filho. Se somarmos esses 6 meses com 2 meses, aproximadamente, para o diagnóstico da gravidez, o tempo útil fica reduzido.

 

A aplicação tópica periódica de flúor em crianças funciona? E nos adultos?
A aplicação periódica de flúor em crianças funciona, reduzindo o risco de cárie. A frequencia maior, em geral, é mais benéfica. Já a aplicação tópica em adultos reduz a incidência de cárie, embora com resultados mais modestos do que em crianças. Deve-se lembrar que a interrupção do uso do flúor pode aumentar ligeiramente o aparecimento de novas cáries.

 

Quando se deve fazer a primeira aplicação de flúor na criança?
A primeira aplicação de flúor deve ser feita o mais precocemente possível, isto é, após o nascimento dos dentes de leite.

 

O flúor interfere na doença gengival?
Não. Somente de forma indireta, pela redução da cárie.

 

Nas cidades onde existe fluoretação de água, há problema em usar pasta ou bochecho com flúor?
Não há problema em usar pasta ou bochechos com flúor em cidades com fluoretação das águas, desde que não ocorra ingestão da pasta ou da solução do bochecho.

 

Faz mal à criança engolir pasta com flúor?
Não é recomendável. Se ocorrer a ingestão sistemática (sempre que escovar os dentes) por muitos anos, esta poderá causar a fluorose dentária. 0 volume de pasta a ser colocado na escova deve ser limitado a 0,5 cm, ou menos, em função da idade da criança. A ingestão ocasional não traz maiores problemas.

 

Fonte: Revista da APCD

Hábitos Bucais

O que é preciso saber sobre hábitos bucais?
0 hábito é a repetição de um ato (por exemplo, sucção de chupeta), com uma determinada finalidade (por exemplo, carência afetiva). Alguns hábitos, com o decorrer do tempo, podem-se tomar indesejáveis. Dentre eles podemos citar o uso da mamadeira e da chupeta e a sucção do dedo.

 

Por que é preciso se preocupar com eles?
A sucção de dedo, chupeta ou mamadeira é um fator que pode interferir no desenvolvimento da criança, podendo levar a alterações bucais, tais como: mordida aberta, mordida cruzada, inclinação dos dentes, diastemas, alterações no padrão de deglutição, entre outros.

 

Essas alterações sempre ocorrem?
Não. O hábito precisa de certa intensidade e frequência ao longo do tempo para promover alterações.

 

O que se pode fazer para prevenir essas alterações?
A criança com até 2 anos de idade encontra-se na fase oral, em que a satisfação é centrada na cavidade bucal. Portanto, a sucção é muito importante. Em algumas crianças essa necessidade é maior. O importante é não deixar o hábito se tornar um vício. Esses hábitos devem ser removidos o quanto antes e de forma gradativa, para que não se altere o equilíbrio psicológico e físico da criança.

 

Caso existam alterações, o que pode ser feito?
O odontopediatra orientará o que for melhor para cada caso, podendo encaminhar para outros profissionais, como o fonoaudiólogo e o psicólogo.

 

Sempre é necessário o uso de aparelhos? Não. Quando o hábito é removido aos 3 ou 4 anos de idade, alterações como a mordida aberta podem-se autocorrigir.

 

Como remover a mamadeira?
Podemos ir diluindo, com água, o leite da mamadeira, deixando-a menos saborosa, até que fique só água. Motivar a criança a usar copo com bico especial, com desenhos, entre outros temos. A criança pode estar utilizando o bico da mamadeira só para succionar, sem ter a necessidade de ingerir o leite.

 

Como remover o hábito da chupeta?
Desde o nascimento, a criança não deve ser acostumada a ficar o tempo todo com a chupeta na boca – ela deve ser dada apenas em momentos de tensão; dessa forma, ela não ficará viciada no seu uso. Nunca oferecer mais de uma chupeta por vez e não a deixar pendurada na roupa da criança, evitando que fique sempre à sua disposição. Quando o bebê adormecer, remover a chupeta da boca. Com esses cuidados, naturalmente a criança deixará a chupeta. Caso já existam alterações bucais, deve-se procurar o profissional, e o hábito deve ser removido o quanto antes, sempre se respeitando a individualidade da criança, procurando mostrar-lhe o problema causado e incentivando-a a largar a chupeta.

 

Como remover o hábito de sucção do dedo?
Devemos evitar a instalação do hábito de sucção de dedo, pois a sua remoção é mais difícil, já que o dedo está sempre à disposição. Muitas vezes, é necessário o auxílio do psicólogo, pois o componente emocional é maior.

 

É preciso procurar ajuda profissional?
O profissinal tem um papel importante na orientação e remoção desses hábitos. Ele ajuda os pais, orientando sobre qual a melhor conduta e maneira de conversar com a criança, evitando a chantagem, a punição e a repressão. 0 profissional motivará a criança com modelos, fotos, pastas de motivação, histórias, entre outras brincadeiras.

 

Fonte: Revista da APCD (Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas)

Implantes Odontológicos

O que são implantes osseointegrados?
Implantes osseointegrados são componentes normalmente na forma de um parafuso, produzidos em titânio e introduzidos cirurgicamente nas áreas desdentadas e, sobre eles, são instalados dentes que podem ser em porcelana, resina ou qualquer tipo de material estético semelhante a um dente natural.

 

O que existe de mágico no titânio?
O titânio é um material especial, usado em ortopedia há muitas décadas e que a odontologia também usa para fazer os implantes osseointegrados. Simplesmente o titânio não sofre corrosão quando inserido no corpo humano e não apresenta fenômenos de rejeição imunológica, muito pelo contrário. Ele é reconhecido pelas células ósseas, como um elemento biocompatível, ocasionando uma união ou uma colagem com o tecido ósseo, chamada de osseointegração.    

 

Existe contraindicação quanto à idade?
Não existe limite de idade para a realização dos implantes osseointegrados: a partir da puberdade, qualquer pessoa pode fazer implantes.

 

Se não tiver osso suficiente, existem maneiras de aumentar a quantidade de osso disponível e assim ser possível a realização de implantes osseointegrados?
Sim. Atualmente as técnicas e os materiais de enxertia óssea estão muito desenvolvidos, proporcionando total eficiência para os casos de pacientes com pouco osso para a realização de implantes osseointegrados.

 

Quanto tempo dura a cirurgia para instalar o implante?
Normalmente entre 60 a 90 minutos. Somente em casos excepcionais esse tempo é pode ser maior.

 

Quais os riscos cirúrgicos?
Mínimos. A cirurgia é feita normalmente com anestesia local e é muito mais simples que outros procedimentos cirúrgicos odontológicos, como a extração de um dente incluso, por exemplo. O pós-operatório é muito bom e a maioria dos pacientes não relata qualquer incômodo.

 

A prótese é colocada imediatamente após a cirurgia?
Para os casos de próteses totais, elas são colocadas 3 ou 4 dias após a cirurgia e, em casos de próteses parciais, muitas vezes, não fica nenhum dia sem a prótese. Quase sempre são próteses provisórias, sendo substituídas depois de alguns poucos meses pelas definitiva.

 

A prótese fixada por implantes é melhor que as convencionais “ponte móvel” e “dentadura”?
A exemplo das próteses fixadas sobre os dentes, as fixadas sobre os implantes têm como maior vantagem não se soltarem durante a mastigação, propiciando maior conforto, segurança e eficiência.

 

Os resultados estéticos são bons após os implantes osseointegrados?
Sim, com a tecnologia atual conseguimos, na grande maioria das vezes, uma estética perfeita.

 

Quanto tempo dura um implante? 
O objetivo é que o implante osseointegrado dure a vida toda, como em substituição da raiz de um dente.

 

Qual a chance de dar certo um implante osseointegrado?
Os trabalhos científicos atuais dizem que o índice de sucesso dos implantes atinge 97%.

 

Do que depende o sucesso do implante?
De vários fatores, mas o principal é a observância do protocolo (receita completa de como e quando se faz o implante). É necessário que o profissional seja meticuloso e treinado na técnica.

 

Qual o custo de um implante odontológico?
Atualmente os implantes odontológicos estão bastante acessíveis, mas é importante a avaliação de caso a caso, até por que existem vários modelos de implantes, portanto o bom profissional deverá avaliar e orientar o paciente qual o modelo mais adequado para o caso, chegando em um equilíbrio do custo-benefício.

 

Prof. Dr. Francisco Pacca
Cirurgião bucomaxilofacial e diretor-proprietário da Clínica Instituto do Sorriso.

Laser

O que é o laser?
Laser é uma luz com características muito especiais, que lhe conferem propriedades terapêuticas. O laser emite sempre uma luz pura, sem mistura, diferentemente da luz comum, formada de vários comprimentos de onda.
Quais os tipos que existem?
Existem três tipos de laser. Um deles é o laser terapêutico, que usamos em substituição aos medicamentos ou em conjunto com eles. Ele tira a dor, é usado como antiinflamatório e ajuda na cicatrização. Outro tipo de laser é o cirúrgico, que remove tecido, corta, vaporiza. Por isso, pode ser usado em cirurgias, para a remoção de cáries e para a esterilização de lesões. Além desses, existe ainda um laser usado exclusivamente para diagnóstico.
Qual a vantagem do laser terapêutico?
A grande vantagem é que, em vez de o paciente tomar medicamentos, o laser ativa o próprio organismo a produzir certas substâncias que podem, muitas vezes, substituí-los. Por exemplo, se o paciente precisa de cortisona, o laser induz seu organismo a produzir cortisol, então ele não tem de tomar o medicamento, ou pode tomá-lo em doses reduzidas.
Qual a vantagem do laser cirúrgico?
Esse tipo de laser, ao mesmo tempo que corta o tecido, provoca coagulação e fechamento de vasos linfáticos e terminações nervosas. Isso quer dizer que, nessas cirurgias, não há sangramento, há menos edema depois da cirurgia, e os pacientes têm um pós-operatório muito menos doloroso. Possibilita, portanto, a realização de cirurgias de modo menos invasivo e agressivo. Para a remoção de cárie, a vantagem é que os pacientes necessitam de menos anestesia que nos tratamentos convencionais. A grande vantagem, porém, é que, além de remover a cárie, o dentista é capaz de esterilizar esse dente e deixá-lo com uma dureza maior do que a que tinha antes do tratamento.
E o laser para diagnóstico, como funciona e para que serve em Odontologia?
É um laser que opera em uma potência muito baixa, emitindo uma luz visível que vai até o dente, é absorvida na sua superfície e emite uma fluorescência, que pode ser mensurada no painel do aparelho, variando conforme o tipo ou a gravidade da cárie que há no dente. É um método de diagnóstico muito interessante, que desempenha um importante papel na prevenção odontológica. Esse método não “machuca” o dente, ao contrário dos realizados com sondas, que ferem a superfície dental por ocasião do exame clínico, mesmo que ela esteja íntegra.
Existe contra-indicação para os tratamentos com laser?
Pelo contrário, o laser cirúrgico é muito bem indicado para pacientes portadores de discrasias sangüíneas, diabetes e todas as doenças degenerativas, obtendo bastante sucesso no tratamento de pacientes portadores de doenças imunossupressoras. Também não há contra-indicação para o uso em mulheres grávidas ou pacientes com problemas no coração. Uma vez que a cirurgia com laser cirúrgico não sangra, não causa estresse e provoca menos edema no pós-operatório, esses pacientes, que em Odontologia chamamos de “pacientes especiais”, são os principais beneficiados com essa técnica.
Posso substituir todos os meus tratamentos dentários convencionais por tratamentos com laser?
Não. Não se pode dizer que o laser terapêutico e o cirúrgico substituam tecnicamente todos os tratamentos convencionais. Eles têm grandes indicações, porém, como todas as técnicas, têm suas limitações. É importante lembrar que o tratamento com laser algumas vezes substitui tratamentos com técnicas convencionais, mas outras vezes funciona apenas como coadjuvante.
O laser substitui o tratamento com motorzinho?
Infelizmente, não em todos os casos. O uso do laser em dente, ainda que muito efetivo, é limitado. Ainda não se podem fazer preparos extensos, como os de coroas, por exemplo.
Por que o tratamento com laser é caro?
Porque os aparelhos utilizados nesses tratamentos são muito caros. Além disso, o profissional que os utiliza precisa ter uma formação específica na área, o que demanda investimento de sua parte. Todo o conceito de tratamento odontológico com laser passa a ter uma conotação mais sofisticada, o que acaba onerando o tratamento. Por exemplo, para ter esse equipamento no consultório, este precisa estar equipado com determinados dispositivos, precisa haver uma sala apropriada. Tudo isso acaba somando custos, que são repassados para o paciente.
Fonte: Revista da APCD

A laserterapia é um recurso cada vez mais utilizado na Odontologia.
Nesse caso (acima), um paciente de 11 anos apresentava Ulceração Traumatica Crônica há mais de um ano, na região de borda lateral posterior da língua, ocasionada pelo contato com o aparelho ortodôntico.
Essa situação proporcionava sintomatologia dolorosa, além da dificuldade de falar e deglutir.
Estabelecemos um protocolo com laser de baixa potência e conseguimos em poucas sessões, proporcionar a cicatrização completa da região!
Prof. Dr. Francisco Pacca
Instituto do Sorriso
Tel: 5579-3338

Mau Hálito (parte 2)

Como se livrar da saburra e do mau hálito?

Existem pelo menos 3 abordagens:

1. Remoção mecânica da saburra por meio de limpadores linguais. Existem vários modelos de limpadores linguais disponíveis no mercado americano; no Brasil, encontramos um limpador lingual muito eficiente (modelo em forma de “V”).
2. Manutenção da superfície lingual o mais oxigenada possível, com o uso de oxidantes. Existem vários oxidantes no mercado que podem ser úteis para esse fim; desde a água oxigenada (usada diluída), o Amosan, até os de última geração (geralmente formulações com um componente antimicrobiano e um oxidante potente). Provavelmente, em pouco tempo, encontraremos no mercado, à disposição apenas dos profissionais, um desses produtos, com o nome de “SaudBucal”.
3. Identificação da causa da redução do fluxo salivar para que se possa estabelecer o tratamento adequado.

As duas primeiras abordagens garantem um hálito agradável; porém, exigem a manutenção desses cuidados. A terceira abordagem, uma vez realizada com sucesso, garante resultados mais duradouros, sem a necessidade de manutenção do uso de produtos para o controle de saburra, porque esse procedimento corresponde à eliminação da causa primária.

 

Como posso melhorar meu mau hálito que acontece só de vez em quando?
Quando o mau hálito não é crônico, mas apenas esporádico, devemos observar uma higiene bucal e lingual adequadas, estimular a salivação de maneira fisiológica (isto é, sem o uso de medicamentos) com balas sem açúcar, gomas de mascar, gotas de suco de limão com um pouco de sal, ou, mais eficientemente, com uma ameixa japonesa codimentada, conhecida como “umebochi”. Devemos ainda cuidar da alimentação (evitar o excesso de proteína, gordura, condimentos e alimentos de cheiro carregado) e manter uma freqüência de ingestão de água e de alimento (que contenha algum carboidrato) a cada 3 ou 4 horas.

 

Então, o uso de gomas de mascar melhora o hálito?
Sim. Em primeiro lugar, age como um mascarado do hálito e, em segundo, o que é mais importante, aumenta a salivação.

 

Tenho gastrite. Acho que é por isso que tenho mau hálito. 0 mau hálito pode vir do estômago?
Não. É muito comum os pacientes pensarem dessa forma incorreta. Também é muito comum pacientes com gastrite terem mau hálito. Vamos explicar melhor esse mecanismo: à medida que a saburra se forma, ela passa a ser um meio propício também à instalação e à proliferação de microrganismos patogênicos cuja porta de entrada é a boca. São exemplos os microrganismos causadores de doenças pulmonares, gastrintestinais e até mesmo de amigdalites e de doenças periodontais. No caso da relação lialitose versus gastrite, a redução do fluxo salivar propicia a formação de saburra, a qual permite que o Heficobacterpilor se instale no dorso lingual, prolifere e aumente em número, podendo chegar ao estômago e desencadear a gastrite. Na verdade, a manutenção do fluxo salivar em condições normais não evita apenas a formação de saburra e mau hálito, mas também previne a possibilidade de o paciente se tomar predisposto a gastrite, pneumonia, amigdalite, periodontite etc.

 

Já consultei vários profissionais sem ter a Solução para o meu problema. Halitose tem cura?
Claro que tem cura. As vezes, atingir a cura demada um pouco mais de tempo, mas sempre existe a possibilidade de controle. A maior parte das pessoas crê que qualquer dentista está amplamente informada respeito de mau hálito, o que nem sempre é verdade. O mesmo pode-se dizer em relação aos médicos. 0 atendimento nessa área é diferente do atendimento odontológico de rotina. Atualmente, muitos estão bastante interessados e estão investindo em conhecimentos sobre o assunto. Assim, se o seu dentista não se achar em condições de lhe oferecer um excelente atendimento, com certeza saberá encaminhá-lo para um colega que tenha feito esse tipo de treinamento.

 

Fonte: Revista da APCD

Odontologia para Gestantes

A importância do tratamento odontológico em pacientes grávidas
A gestante pode receber tratamento odontológico? Sim, sem dúvida. Em qualquer período da gestação ela poderá ser atendida, embora o segundo trimestre seja o momento mais oportuno, porque, nessa fase, ela se encontra num período de maior estabilidade.

 

Existem riscos quanto à anestesia local?
Sim. É importante destacar que a grávida precisa de uma anestesia específica. Estudos atuais descrevem que alguns anestésicos locais podem provocar metahemoglobinemia fetal (que é um tipo de anemia), outros são cardiotóxicos e podem promover aumento da pressão arterial ou indutores de contrações uterinas, portanto, é importante que o cirurgião-dentista possua os conhecimentos necessários para conduzir o atendimento.

 

A gestante pode ser radiografada pelo dentista?
Pode. No primeiro trimestre (período da embriogênese), as radiografias devem ser evitadas. Mas se radiografias forem imprescindíveis, o avental de chumbo deverá ser utilizado em qualquer fase da gestação.

 

Dizem que, na gravidez, os dentes estragam com mais facilidade. É verdade?
Não. A gravidez não é responsável pelo aparecimento de cárie e nem pela perda de minerais dos dentes da mãe para formar as estruturas calcificadas do bebê. O aumento da atividade cariogênica está relacionado, muitas vezes, pelas modificações ocorridas na dieta da gestante, por exemplo, no aumento da frequência do consumo de açúcar e diminuição da escovação pelo enjôo, eventualmente causado pelo creme dental.

 

E a gengiva inflama com mais facilidade?
Sim. De maneira geral, nas grávidas, tem-se maior vulnerabilidade às inflamações gengivais, em função da maior vascularização gengival, proporcionada pela elevação dos níveis de estrógeno. É importante ressaltar que a causa dessas inflamações é a presença da placa bacteriana, portanto, se a gestante executar uma boa escovação e higiene bucal, a inflamação gengival não ocorrerá.

 

Existem cuidados especiais para a higiene bucal?
Os cuidados são os mesmos de uma mulher não grávida, como limpeza diária dos dentes com uso adequado da escova e fio/fita dental. A qualidade dessa limpeza é mais importante do que a frequência. Se houver algum ponto da gengiva com sangramento, essa região deverá ser limpa melhor. Se após três dias a gengiva continuar sangrando, a gestante deve procurar a ajuda de um dentista.

 

Quando os dentes do bebê começam a se formar?
Os dentes de leite começam a se formar a partir da 6ª semana e os dentes permanentes, a partir do 5º mês. O uso de medicamentos, infecções, carências nutricionais, entre outras, podem trazer problemas nos dentes em fase de formação e mineralização.

 

A amamentação é importante para os dentes do bebê?
A amamentação durante o primeiro ano de vida é fundamental para a prevenção de muitas das más oclusões, bem como o exercício muscular durante a sucção no seio favorece a respiração nasal e previne grande parte dos problemas de posicionamento incorreto dos dentes e das estruturas faciais.

 

O que a gestante deve fazer para que o bebê tenha bons dentes?
Antes de tudo, ela própria precisa ter saúde. O nível de saúde bucal da mãe tem relação com a saúde bucal da criança. Os pais, particularmente a mãe, determinam muito o comportamento que os filhos adotarão. Hábitos saudáveis são fundamentais: limpeza bucal e alimentação equilibrada. A boa alimentação significa também evitar o consumo de produtos açucarados.

 

Quando levar a criança pela primeira vez ao dentista?
A primeira visita ao odontopediatra deve acontecer quando aparecer os primeiros dentinhos de leite, ocasião em que os pais serão orientados das causas e da transmissão da cárie, alimentação, limpeza dos dentes do bebê e sobre o uso adequado do flúor. A educação em saúde assegura maior chance de a criança crescer sem problemas bucais.

 

Prof. Dr. Francisco Octávio Teixeira Pacca

Os Medicamentos e a Formação Dental

Existe algum medicamento que deve ser evitado antes da gravidez? Qual o período de segurança?
A prescrição de medicamentos a mulheres em idade reprodutiva deve ser cautelosa, pois é freqüente o diagnóstico de gravidez no transcorrer do primeiro trimestre, o período mais crítico do desenvolvimento fetal.
Portanto, as drogas cujos efeitos são conhecidos poderão ser ingeridas, mas algumas deverão sofrer restrições quanto à sua utilização. Quanto às drogas novas, deve haver cautela em seu uso. 0 médico ou o dentista deve ser consultado, pois existem medicamentos que permanecem no organismo por longos períodos, o que torna a sua ingestão perigosa nos períodos próximos à gravidez.

 

Qual o período da gravidez em que o feto está mais vulnerável à ação prejudicial de Manchamento medicamentos ingeridos pela mãe?
Os medicamentos são responsáveis por 2% a 3% dos casos de malformação em bebês, e podem provocar a morte do feto nos primeiros dias de gestação. Os maiores riscos ocorrem nos três primeiros meses e nos três últimos meses de gestação.

 

Quais os medicamentos que, Ingeridos na gravidez, prejudicam o feto?
Nenhum medicamento deveria, a rigor, ser ingerido durante a gravidez, e mesmo aqueles indicados devem ser utilizados somente nos casos de real necessidade, tendo em vista que a maioria das substâncias utilizadas com finalidade terapêutica passam da mãe para o feto.

 

Na obrigatoriedade de tomã-los, quais seriam os efeitos colaterais?
Até aproximadamente 15 dias após a fecundação, a atuação da droga pode determinar a morte do feto. Após esse período, os medicamentos provocam inalformações; isso ocorre até aproximadamente 60 dias após a fecundação. A partir daí, no período de crescimento e no final da gravidez, as manifestações podem ser de deficiência funcional.

 

0 que pode ser ingerido na gravidez para favorecer a formação dos dentes da criança?
Seguramente os compostos polivitamínicos e o flúor (se usado corretamente), além, evidentemente, de uma boa alimentação. A prescrição desses medicamentos deve ser realizada pelo médico ou pelo dentista.

 

Quais os medicamentos que, ingeridos pela mãe após o parto, podem “passar” para o recém-nascido, via amamentação, e alterar de alguma maneira a formação dental?
Praticamente todos os medicamentos ingeridos pela mãe no período pós-parto podem passar para o recém-nascido. Durante a amamentação, a ingestão de medicamentos deve ser acompanhada pelo médico responsável, para que não ocorram manifestações tóxicas que comprometam o desenvolvimento intelectual, social ou funcional da criança. No aspecto funcional incluímos o órgão dental, que pode apresentar alterações morfológicas e estéticas devido ao uso de alguns medicamentos.

 

Na primeira infância (de 0 a 5 anos), quais as precauções que devem ser tomadas antes da ingestão de remédios?
Nessa faixa etária as crianças não podem ser consideradas um adulto em miniatura. 0 funcionamento do organismo das crianças é diferente do dos pacientes adultos. Os medicamentos utilizados devem ter preferencialmente poucos efeitos colaterais. Os pais, antes de medicar seus filhos, devem sempre consultar o médico ou o dentista.

 

Os antibióticos mancham ou enfraquecem os dentes?
Geralmente, não. Somente o grupo químico das tetraciclinas, pois esses medicamentos dificultam a formação do esmalte (porção brilhante e esbranquiçada) e da dentina (porção situada abaixo do esmalte) quando o dente está em formação, provocando alterações na estrutura e na cor dos mesmos.
s tetraciclinas devem ser evitadas durante a gestação e na infância. Por essa razão, os pais não devem administrar antibióticos aos seus filhos antes de consultar o médico ou o dentista.

 

Como saber se a alteração dental (manchas, por exemplo) foi causada pelo remédio?
Somente o dentista poderá, eventualmente, identificar o agente responsável pela alteração da cor do dente.
Para tanto, o profissional realizará um criterioso exame clínico, pesquisará os acontecimentos que antecederam a alteração e que ocorreram durante a formação do dente.

 

Fonte: Revista da APCD

Prevenção do Câncer Bucal

O câncer de boca ocupa uma posição de destaque entre os tumores malignos do organismo devido a sua relativa incidência e mortalidade. A prevenção e o diagnóstico precoce podem ser realizados pelo cirurgião-dentista através dos seguintes procedimentos: correto exame clínico; afastamento dos fatores co-carcinógenos; diagnóstico e tratamento das lesões cancerizáveís; exames complementares (principalmente biópsia e citologia exfoliativa) e orientação e estimulação ao auto-exame.

 

O que são e quais são os fatores co-carcinógenos?
São fatores que predispõem o paciente a desenvolver um tumor maligno; na boca, podemos citar principalmente o etilismo (álcool) e o tabagismo (cigarro, cachimbo etc.), as condições precárias de higiene (dentes quebrados, raízes residuais, tártaro etc.) e as próteses inadequadas ou em más condições (dentaduras e pontes fraturadas ou que causam algum ferimento).

 

O que são lesões cancerizáveis?
São enfermidades bucais que, quando não tratadas, podem evoluir para um câncer.

 

O que causa o câncer oral?
A etiologia é desconhecida, porém, alguns fatores são relacionados ao aparecimento dessas lesões. Os principais são: tabagismo, etilismo, traumatismos mecânicos e, nos cânceres de lábio inferior, também pode-se citar os raios solares.

 

Como o cigarro atua?
Durante o ato de fumar, são liberadas inúmeras substâncias químicas junto à fumaça, algumas reconhecidamente cancerígenas. Outra ação seria o calor produzido principalmente pelo cachimbo.

 

Como se faz o auto-exame e o que procurar?
Diante do espelho, com uma boa iluminação, deve-se inspecionar e palpar todas as estruturas bucais e do pescoço. Durante o auto-exame, os pâncipais indícios a serem observados são: feridas que permanecem na boca por mais de 15 dias, caroços (principalmente no pescoço e embaixo do queixo), súbita mobilidade dental, sangramento, halitose, endurecimento e ou perda de mobilidade da língua. É importante frisar que a dor pode ser um sinal de lesão avançada.

 

Qual o perfil do paciente com câncer bucal e qual a região mais atingida?
Geralmente são homens (86,07%), com idade entre 45 e 55 anos, brancos (84,84%) e tabagistas (95,08%). A região da boca mais atingida é a língua, seguida do assoalho bucal e lábio inferior.

 

Como é feito o diagnóstico?
0 diagnóstico é simples. Após o exame clínico, o profissional, suspeitando de um tumor maligno, realiza uma biópsia, que consiste na remoção de um pequeno fragmento da lesão para posterior exame microscópico.

 

Como é feito o tratamento?
O tratamento pode ser realizado através de cirurgia, radioterapia e quin-doterapia, podendo ser associados ou não.

 

Existe cura para o câncer?
Sim,e quanto mais cedo for diagnosticado diagnóstico precoce), maiores são as chances de cura, sendo as seqüelas menores e, portanto, maior a qualidade de vida.

 

Fonte: Revista da APCD

Prótese Fixa

O que é uma prótese fixa?
É a restauração parcial ou total da coroa de um dente, quando se denomina prótese fixa unitária, ou a substituição de um ou mais dentes perdidos, quando se denomina prótese parcial fixa (ou “ponte fixa”). Ao ser fixada sobre os dentes do paciente, previamente preparados para recebê-la, reabilita-o para mastigar, falar ou sorrir. Recebe o nome de “fixa” porque não pode ser inflamação removida pelo paciente ou pelo dentista, a menos que este a corte com o uso de brocas especiais.

 

Quais os tipos de materiais utilizados?
As próteses fixas podem ser só metálicas; metálicas revestidas por um material estético plástico ou cerâmico, da cor dos dentes; de cerâmica; e, finalmente, de resinas ou plasticos especiais.

 

Quanto tempo dura uma prótese fixa?
A durabilidade de uma prótese fixa depende de vários fatores: 1 – de um bom exame e planejamento prévios; 2 – da técnica e dos materiais utilizados; 3 – da fineza da adaptação da prótese aos dentes; 4 – da boa relação da prótese com os tecidos gerigivais; 5 – da justeza da sua oclusão, isto é, da sua harmonia com a função mastigatória. Tudo isso vai depender do grau de especialização do dentista e do seu protético, das condições de trabalho que o paciente oferece ao seu dentista e dos seus cuidados de manutenção da saúde bucal, para que a prótese dure mais de cinco anos, que é a vida média das próteses fixas.

 

Há necessidade de realização de tratamento de canal dos dentes de suporte?
Por princípio, não, pois o melhor elemento de suporte é aquele dente o mais íntegro na sua estrutura e com as gengivas e a polpa sadias. Porém, se há dúvidas quanto à saúde da polpa, indica-se o tratamento de canal, assim como para aqueles dentes que serão usados como suportes de ponte fixa mas estão muito inclinados, e o corte para ajustá-los ao eixo de inserção da prótese seria muito grande e danoso à integridade pulpar. Um bom tratamento de canal para esses casos evitaria problemas futuros que poderiam diminuir a durabilidade da prótese.

 

É difícil a limpeza? Causa mau hálito?
As próteses fixas unitárias, quando bem desenhadas e bem adaptadas marginalmente, comportam-se como dentes naturais na sua limpeza e exigem do paciente os mesmos cuidados, isto é, boa escovação na técnica e no tempo corretos, complementada pelo uso do fio ou fita interdental. Os portadores de pontes fixas necessitam de dispositivos especiais: passadores de fio dental, ou fios com a ponta endurecida, para a limpeza dos espaços protéticos. 0 mau desenho de uma prótese fixa, a má adaptação, o mau tratamento dado a materiais e a limpeza insuficiente podem permitir a retenção de detritos alimentares e bactérias, causando inflamação gengival e mau hálito.

 

O que justifica ser tão cara?
A primeira justificativa é o tempo de mão-de-obra clínica e laboratorial; a segunda é o valor da mão-de-obra especializada clínica e laboratorial: cada dentista ou protético tem o seu valor pelos critérios de qualidade final de sua prótese, fundamentados em seu conhecimento adquirido em estudos e muitos cursos, e em sua destreza e habilidade; a terceira é o valor dos materiais, equipamentos e processos necessários para a execução de qualquer prótese fixa.

 

Demora para ser executada ?
Sim, demora. Um bom dentista não consegue fazer uma incrustação metálico-fundida, que é a prótese fixa mais simples, em uma única sessão, pois ela exigirá, no mínimo, de 3 a 4 sessões clínicas de 1 hora, e mais 3 sessões laboratoriais.

 

0 resultado estético é bom?
Sm, no geral é bom. Mas há casos de grande perda óssea que dificultam a obtenção de uma estética excelente. Nesses casos, o tratamento tem como primeiro objetivo restabelecer a função da mastigação; como segundo, a durabilidade e, em terceiro lugar, a estética.

 

Eu fico sem os dentes durante o tratamento?
Não e não! Um bom dentista supre o seu paciente de proteção provisória adequada aos dentes preparados com substitutos plásticos fixados com cimento de baixa resistência, possibilitando-o a mastigar, falar e sorrir, satisfatoriamente, durante o tratamento.

 

Por que o dente perdido precisa ser substituído?
Os dentes, para funcionarem bem, precisam estar em equilíbrio nos arcos dentários superior e inferior, sempre submetidos a um sistema de forças oriundas dos músculos mastigadores, lábios, bochechas e língua. A perda de um só dente desequilibra esse sistema de forças, e os dentes movimentam-se migrando para compensar a perda. E espaços são criados, desníveis acontecem e a mastigação e a estética sofrem. Os dentes precisam ser recolocados porque eles fazem parte de um todo: o sistema mastigatório.

 

Fonte: Revista da APCD

Troca de Restaurações

Troca de restaurações

 

Tenho restaurações escuras (metálicas) nos dentes posteriores. Vale a pena trocá-las por restaurações de cor branca ou da cor dos dentes?
A troca de uma restauração metálica por uma estética ou, como dizem os pacientes, “por uma branca”, pode se dar por dois motivos principais: por problemas que envolvem a saúde do dente, como uma fratura da restauração pré-existente ou mesmo por recidiva de cárie (nesse caso, a troca não é discutida e pode, perfeitamente, ser feita uma restauração estética), ou por motivo exclusivamente estético (quando uma restauração metálica em bom estado vai ser trocada, surgem, então, alguns questionamentos.)

 

Quais os materiais que podem ser utilizados na troca de uma restauração metálica por uma estética?
Existem, em princípio, duas possibilidades de materiais. O primeiro é a cerâmica (ou porcelana), o segundo são as resinas compostas. 

A restauração de cerâmica pode ser executada apenas pelo método indireto, isto é, o cirurgião-dentista prepara o dente, molda, e um técnico de laboratório executa, sobre o medelo, o trabalho, que é cimentado pelo dentista. A resina composta tanto pode ser usada pelo método direto, feita diretamente sobre o dente do paciente, em uma única sessão, ou pelo método indireto. A resina composta usada na forma indireta tem uma composição diferente da utilizada na forma direta e é chamada de resina composta de laboratório, podendo também ter a denominação de cerômero.

 

As restaurações em amálgama são realmente tóxicas e, por isso, devem ser trocadas?
Existe muita discussão sobre o poder tóxico do mercúrio nas restaurações de amálgama. Provou-se que o aumento dos níveis de mercúrio no sangue e na urina pode estar associado à presença dessas restaurações, embora nenhum trabalho tenha conseguido relacionar o desenvolvimento de doenças sistêmicas causadas por mercúrio em pacientes com as restaurações de amálgama.

 

Quais são o melhor material e a melhor técnica?
Basicamente, a técnica direta serve para as pequenas restaurações e, quando a área a ser restaurada é muito extensa, a preferência cai sobre as indiretas; entretanto, as mais extensas podem ser feitas de modo direto, dependendo da indicação profissional. Na técnica indireta, a escolha entre cerâmica e cerômero dependerá das condições técnicas e também da preferência profissional, pois os comportamentos estético e funcional são extremamente semelhantes.

 

No momento da troca de uma restauração, é necessário um desgaste maior do dente?
Não necessariamente. Quando é feita a troca de uma restauração de amálgama por uma de resina composta direta, a cavidade obtida após a retirada do material antigo já é compatível com o novo material restaurador. Contudo, para receber uma restauração indireta, pode ser necessário um desgaste adicional de dente sadio para possibilitar a execução do trabalho. Nas trocas de uma restauração metálica indireta de ouro, por exemplo, dificilmente uma certa quantidade de dente sadio não vai ser sacrificada, pois são preparos com exigências diferentes. Esse desgaste maior do dente de maneira alguma irá prejudicá-lo, pois é feito para permitir uma harmonia entre o material restaurador e o dente.

 

Uma restauração de material na cor do dente tem a mesma durabilidade que uma restauração antiga?

estado e com desempenho funcional perfeito há mais de vinte anos, assim como existem restaurações em mau estado feitas há pouco tempo. As técnicas restauradoras estéticas atuais são relativamente novas se comparadas com a do amálgama e a das restaurações metálicas indiretas. Todavia, já temos acompanhamento clínico com excelentes resultados de restaurações estéticas. A durabilidade de uma restauração depende de uma série de fatores, alguns diretamente relacionados com o cirurgião-dentista e outros, com o paciente.

 

Dentes manchados por uma restauração de amálgama podem ser corrigidos com a troca?
O amálgama libera, ao longo do tempo, produtos que podem manchar o esmalte dental deixando-o acinzentado. Nesses casos, a troca melhora muito o problema estético sem, contudo, resolvê-lo completamente, pois seria necessária a retirada completa desse esmalte manchado para se conseguir uma perfeita solução estética.

 

Como é feita a manutenção das restaurações estéticas?
A manutenção das restaurações estéticas está inserida no contexto de manutenção da saúde bucal do paciente. O controle da higiene bucal, as profilaxias periódicas, como também as reavaliações clínicas do estado das restaurações prolongam a vida útil desses trabalhos. Pequenos reparos de possíveis falhas como manchamento superficial e pequenas fraturas podem ser realizadas com facilidade pela mesma técnica adesiva usada na confecção das restaurações estéticas.

 

Fonte: Revista da APCD

Retração Gengival

O que é retração gengival?
É o deslocamento da gengiva, provocando a exposição da raiz do dente. Isso pode ocorrer em um só dente ou em vários.
A causa não é fácil de determinar. Existem várias hipóteses: traumatismo por escovação (fricção exagerada com escova de cerdas duras); inflamação da gengiva pela presença da placa bacteriana; trauma oclusal (forças excessivas sobre o dente causadas por má posição dentária ou por restaurações “altas”); restaurações desadaptadas na região gengival; posição alta dos freios labiais e lingual; movimentos ortodônticos realizados de maneira incorreta; dentes apinhados (encavalados); pouca espessura do osso que recobre a raiz.

 

Por que nessa situação os dentes ficam mais sensíveis?
Devido à exposição da raiz, a camada que a reveste (cemento) desaparece, expondo a dentina, que é sensível. Bochechos com soluções fluoretadas podem amenizar o problema.

 

Tem relação com a idade?
Uma certa retração gengival generalizada é percebida com o passar dos anos e considerada normal. Algumas pessoas são mais susceptíveis que outras. A retração pode avançar em alguns períodos e, em outros, permanecer estacionária.

 

Existe tratamento? 0 que ocasiona essa retração?
Normalmente, o que se faz é evitar a evolução desse processo por intermédio de escovação adequada, limpeza profissional, ajuste oclusal, remoção de hábitos nocivos, remoção de excessos de materiais restauradores, se houver, e, se for o caso, corrigir a má posição do dente com aparelho ortodôntico.

 

É possível recobrir a raiz Novamente?
Sim, por intermédio de técnicas cirúrgicas utilizadas principalmente em retração de um ou no máximo dois dentes. São cirurgias de resultados não previsíveis, em que, em determinadas situações, vale a pena tentar. São feitas principalmente visando à estética.

 

Se não se fizer a cirurgia, pode-se perder o dente?
A retração, por si só, não provoca a perda do dente, desde que as causas sejam eliminadas e que não haja inflamação.

 

Fonte: Revista da APCD

Endodontia

Em breve!

Odontogeriatria

Em breve!

Traumatismos Dentários

Situações de emergência envolvendo a boca e os dentes quase sempre se transformam em experiências dramáticas para pais e crianças. As estatísticas mostram que cerca de 14% das crianças e adolescentes passam, de alguma forma, por essas situações de emergência.

 

Por isso, é importante estar preparado para se ter a atitude correta num momento desses.

 

Apresentaremos, assim, os traumatismos mais comuns e qual a melhor atitude que deve ser tomada em tais circunstâncias.

 

Cortes e sangramentos
Quando uma criança sofre um traumatismo que provoca corte ou sangramento, deve-se colocar no lugar, sobre o ferimento, uma compressa de gaze ou pano limpo e pressionar bem, para que o sangramento seja controlado. Muitas vezes, é necessário suturar o ferimento, para que a cicatrização se processe de maneira adequada, e, tão logo seja possível, deve-se consultar um dentista.

 

Os primeiros passos de uma criança
Os acidentes mais comuns que ocorrem na dentição de leite são os que envolvem bebês e crianças que estão aprendendo a andar.

 

0 dente amolece em seu alvéolo ou é deslocado de sua posição original, podendo se deslocar para dentro do alvéolo (intruir) ou descer, dificultando o fechamento da boca.

 

0 dentista deve ser consultado, para que a extensão do dano seja avaliada. Muitas vezes, esse dano é maior do que aparenta ser.

 

Freqüentemente, é preciso radiografar o dente e observar por um período determinado. 0 dentista deve também orientar os pais sobre os cuidados a serem tomados na área afetada, assim como sobre futuros problemas que poderão comprometer a dentição permanente.

 

Mudança de cor do dente que sofre traumatismo
É comum ocorrer, após 2 ou 3 dias do acidente, uma mudança de cor, um escurecimento da coroa do dente. Essa mudança pode se perpetuar; nesses casos, quase sempre há perda de vitalidade do dente, e um tratamento de canal se faz necessário.

 

Nos dentes de leite, nem sempre uma mudança de cor da coroa significa perda da vitalidade e, em muitos casos, a cor poderá retornar, ao seu normal. 0 dentista deve ser consultado, para ser feito o acompanhamento.

 

Dente fraturado
É comum a fratura de um ou mais dentes em conseqüência de um traumatismo. Além disso, muitas vezes, pode ocorrer que o nervo do dente se danifique.

 

Deve-se sempre consultar o dentista, para que ele possa avaliar a extensão do dano, tratar a fratura e prevenir eventualmente problemas da vitalidade futura do dente.

 

A melhor maneira de se evitarem fraturas nos dentes é prevenilas; assim, no caso de esportes, como andar de bicicleta, andar de “Skate”, basquete, vôlei, jogos de futebol ou “rugby” e outros esportes coletivos, é importante o uso de protetores bucais.

 

Converse com o seu dentista a respeito.

 

Perda total de um dente
Em certas circunstâncias, como impactos horizontais, é comum acontecer um deslocamento total do dente.

 

É essencial que determinadas condutas sejam adotadas imediatamente, para que se aumentem as chances de salvar esse dente.

 

Se o dente for de leite, a colocação deste de volta em seu lugar não é indicada; a probabilidade de sucesso é mínima.

 

No caso do dente permanente, o reimplante é indicado.

 

Para que se obtenha sucesso no reimplante, é necessário:

  • Manter a calma e fazer a criança morder uma gaze ou um pano limpo, com pressão para que se possa controlar o sangramento.
  • Ache o dente.
  • Pegue o dente somente pela coroa. Não toque na raiz.
  • Resíduos devem ser cuidadosamente retirados do dente com soro fisiológico ou leite morno. Não esfregue o dente.
  • Coloque o dente de volta no seu lugar (no alvéolo) na boca da criança. Não se esqueça: a parte côncava do dente é do lado de dentro da boca. Faça a criança morder uma gaze ou um pano limpo, para que o dente se mantenha na posição. Procure imediatamente um dentista.
  • Se você não conseguir colocar o dente em sua posição, mantenha-o em uma solução de soro fisiológico ou em leite morno ou mesmo na boca da criança (debaixo da língua) e procure imediatamente um dentista. 0 resultado final de um reimplante depende muito do período que o dente ficar fora do alvéolo e da conservação do mesmo nesse período. 0 dente deverá ficar fora de seu alvéolo o menor tempo possível.

0 dente reimplantado deverá ser “fixado” pelo dentista em sua posição e ter o seu canal tratado; mesmo assim, com o decorrer do tempo, haverá uma diminuição do tamanho de sua raiz. 0 tempo médio da permanência de um dente reimplantado na boca é de 1 até 5 anos; muitas vezes, esse tempo é o necessário para que a oclusão se defina e novas condutas possam ser tomadas.

 

Fonte: Revista da APCD

Tratamento Endodôntico

O que é tratamento endodôntico?
É a remoção do tecido mole que se encontra na parte mais interna do dente (câmara e canal), e que recebe o nome de polpa. Esta pode estar sadia ou infectada e, ao ser removida, é substituída por um material obturador.

 

Quais são os sintomas mais característicos para se indicar o tratamento endodôntico?
Dor espontânea – isto é, o dente começa a doer sem estímulo – de forma latejante, não muito bem localizada e que aumenta com o calor. Nesse caso, a polpa ainda está viva, porém inflamada, e o uso de analgésicos não resolve.
Já quando há morte da polpa, geralmente a dor é bem localizada, havendo sensação de “dente crescido” e dor ao mastigar.
Além disso, ao se abaixar a cabeça, tem-se a sensação de que o dente “pesa”.

 

Sempre que um dente dói, deve receber tratamento endodôntico?
Não. Os dentes podem ter resposta dolorosa a qualquer estímulo fora do normal: frio intenso, calor intenso, doce e salgado. Esses sintomas são observados em dentes cariados, em dentes com. o colo exposto (retração das gengivas) e em dentes submetidos a carga intensa (durante a mastigação). Nesses casos, removendo-se a causa, cessa a sensibilidade.

 

Em quantas sessões se faz um tratamento endodôntico?
Quando a polpa é viva e sem inflamação, uma sessão é suficiente; polpa viva e inflamada, 2 sessões.
Com polpa mortificada, são necessárias mais sessões.

 

O tratamento é muito dolorido?
Com o uso da anestesia, o tratamento é indolor e, às vezes, nos casos de polpa mortificada, nem é preciso anestesiar. Pode ser desconfortável por ser necessário permanecer muito tempo com a boca aberta.

 

Após as sessões de tratamento, é comum sentir dor ?
Não. 0 que pode acontecer nas primeiras 48 a 72 horas é ficar com uma sensação dolorosa decorrente da aplicação do anestésico e da manipulação do dente, que pode ser resolvida pela ingestão de analgésicos tipo AAS.

 

Um dente já tratado pode receber novamente tratamento endodôntico? Em que casos isso é necessário?
Sim, geralmente quando, no primeiro tratamento, não foi possível seguir os padrões exigidos: limpeza (remoção de todos os microorganismos), preenchimento hermético do canal com o material obturador etc. Essas incorreções podem provocar lesões na ponta da raiz (periápice) do tipo abcessos e lesões crônicas.

 

Este tratamento é completamente eficiente?
Sim, desde que bem executado e que os outros procedimentos que reconstituirão o dente, como restauração, coroas, incrustações, tratamento gengival etc., também sejam bem executados.

 

O dente morre depois do tratamento?
Não, pois todo o suporte desse dente permanece vivo: osso, membrana periodontal (fibras que fixam o dente ao osso) e cemento (camada que recobre as raízes).
0 inconveniente é que, como é a polpa que confere sensibilidade ao dente, se o mesmo for novamente atacado por cárie, isso não será percebido devido à ausência de sensação dolorosa.
Outro possível problema é que o dente toma-se mais frágil, e isso deve ser levado em conta no momento da execução da restauração definitiva, que, nesse caso, deve ter características diferentes.

 

Sempre que se trata o canal o dente escurece?
Não. 0 que acontece é a perda do brilho, o que dá um aspecto mais amarelado. 0 escurecimento acentuado só acontece quando o dente sofre uma hemorragia ou mortificação pulpar antes do tratamento ou, então, por erro técnico.

 

O que poderá ocorrer se o tratamento endodôntico não for realizado?
Poderá se desenvolver uma lesão na região apical (infecção na raiz e nos tecidos vizinhos), que poderá ter conseqüências mais sérias, como dor intensa, inchaço, febre e bacteriemia (bactérias na corrente sangüínea). A única solução a partir daí poderá ser a extração do dente.

 

Fonte: Revista da APCD